Desde que se declarou o estado de alarma, fai hoje um mês, o governo foi aprovando e executando umha série de medidas que deixam em evidencia o caráter repressivo, nom só do governo, mas também do próprio Estado. Compre lembrar que neste momento o poder executivo está formado polo governo mais de esquerdas que o modelo parlamentário permite no estado espanhol: a coaliçom de dous partidos socialdemocratas, um deles autodenominado “rupturista”, com o apoio da esquerda independentista. Que nos diz isto sobre o atual modelo de Estado?
A normalizaçom da exceçom
Entre as medidas levadas a cabo destaca o despregue do exército por vilas e cidades, o que se véu em chamar Operaçom Balmis, a compra de mil duzentas pistolas eléctricas que serám entregadas à policia e à guarda civil para “gerir a populaçom” e a instalaçom de centos de controles com agentes armados nas principais vias de comunicaçom do país. Quer dizer, a militarizaçom da crise sanitária.
Por outra banda, na rolda de imprensa da segunda feira o Ministro de Interior, conhecido por perseguir os movimentos de libertaçom e nomeadamente o independentismo galego, afirmava que desde que se declarou o estado de alarma efetuárom-se um total de 650 mil multas no conjunto do estado. A seguir, e trás ser perguntado por um jornalista, também declarou que nom descarta empregar a geolocalizaçom dos telemóveis com fins repressivos se o considerar oportuno.
O governo do câmbio, longe de derrogar a lei mordaça, está a normalizar medidas repressivas extraordinárias que tenhem viso de vir para ficar. A constante presença da força militar e policial nas ruas parece formar parte dumha estratégia de legitimaçom, para o que contam com o apoio da mídia empresarial que previamente ajudou a criar o estado de alarma necessário.
Como exemplo desta estratégia de legitimaçom está o feito de que o material de proteçom individual foi repartido polas forças repressivas, quando por exemplo, as farmácias já se ofereceram para este labor, um setor com mais formaçom neste tipo de atividades.
As prioridades do gasto
Durante a última década, e baixo a desculpa da crise económica, assistiu-se a um desmantelamento e privatizaçom da sanidade pública. Segundo o IGE, durante era Feixoo o SERGAS passou ter de 7.764 camas hospitalárias a 7.093 (-9 %) e perdeu 5 dos 33 hospitais (-15 %).
Durante toda gestom da crise anterior nunca se questionou o gasto que implica manter os militares, policias, e guardas civis, enquanto o sistema sanitário sempre estava no ponto de mira. E como bem demostram os dados, foi onde mais metérom as tesouras. No outro extremo, longe de sofrer recortes, está a suba de salários de Policia e Guarda Civil levados a cabo nos últimos anos.
O estado como fonte de violência
O estado, se temos em conta a conhecida definiçom de Max Weber, “é aquela comunidade humana que, dentro dum determinado território reclama para si (com êxito) o monopólio da violência física legítima”. É assim como atuam, em última instancia, todos os estados quando querem fazer valer a sua posiçom. Isto nom quere dizer que todos os estados e regimes políticos exerçam a violência do mesmo jeito. Mas quando um projeto político é tam débil e está tam questionado como é caso do projeto nacionalista espanhol em certa medida fai necessário que tenha que recorrer constantemente à violência e à coaçom para convencer à cidadania das bondades do seu projeto.
A situaçom atual, no médio da crise do COVID-19, esta está a sacar a reluzir a essência autoritária do estado espanhol: quem numha crise sanitária prioriza as medidas repressivas e a coaçom sobre as questons sanitárias.