Daniel Colombe é um jovem ator. Um crego, responsável dum santuário em Montreal confia-lhe a montagem dumha representaçom da Paixom de Cristo. Mas nom pretende a reproduçom dos modelos devocionais paroquiais, nem a repetiçom de uma encenaçom por ele próprio criada e repetida durante os últimos anos. Quer algo que promova a atualizaçom dessas práticas da memória cristá, de modo a que a via sacra lhe poda interessar à urbanidade moderna dos fiéis crentes. A remodelaçom passará os limites da elasticidade simbólica tolerada pela instituiçom. As autoridades eclesiásticas, vigilantes, acabarám por censurar essa versom atualizante. Nesse confronto, e em plena representaçom, o protagonista acaba por ser vítima dum acidente com a cruz. O traumatismo vai conduzir à “morte do artista”. O ator transmuta-se em atuante crístico, que atualiza em si próprio a memória de Jesus.
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