A socializaçom da existência dum Reino da Galiza milenário tem avançado nos últimos anos, superando a simples divulgaçom académica. Logo dos meritórios trabalhos de historiadores como Anselmo López Carreira ou de ensaistas como Camilo Nogueira desde finais do século XX, diversas iniciativas estám a chegar aos centros de ensino e ao grande público. O Congresso que a Deputaçom da Corunha organizou no Museu do Povo Galego há pouco mais de dous anos supujo um ponto de inflexom.

Em setembro de 2022, um feixe de historiadores e historiadoras comissariadas por López Carreira e Xosé Lois Vázquez pretendeu “recuperar em positivo” um amplo período histórico que “nom cadrava com o que dizia a história oficial”. Com efeito, tratava-se de abordar de distintas ópticas a existência dum poder galego que arrancou no século V com a monarquia sueva e que permaneceu, nominalmente, até a disoluçom oficial no reino galego em 1833, quando a Galiza se parte em quatro províncias, e se consuma o curte territorial das suas comarcas do leste.

O Congresso fora lançado pola área da cultura da Deputaçom da Corunha, na que se inclui o Fundo de Projetos Culturais Reino da Galiza, que financia projetos “que contribuem para a socializaçom do conhecimento, do interesse pola história, as figuras, os lugares e os momentos” desta entidade política. Neste ano que andamos, abriu-se já o prazo de apresentaçom de propostas, que remata no 11 de fevereiro, repartirá 200000 euros entre os 15 projetos selecionados, que se conhecerám em poucos meses.

Crónica dumha desmemória

Com pouco mais de dous anos de vida, o projeto audiovisual “Crónicas dumha desmemória” fora um dos premiados na primeira ediçom. Ligava-se ao livro do mesmo nome, editado por Xerais em 2020, e consiste na narraçom, ao longo de 12 videos, dos principais capítulos do poder galego medieval. A narraçom vem de mao da bookstagramer Irene Pérez Lis e foi dosificada em pequenas promoçons em todas as redes sociais.

O projeto, lançado pola cooperativa o Cable Inglés, em cooperaçom com Suseia, e assessorada polo historiador López Carreira, permite ao grande público aproximar-se dos grandes capítulos do nosso medievo: as origens do Reino Suevo, a dinastia dos Castro, o esplendor da língua, e também as sucessivas ocupaçons castelhanas, culminadas no século XV com a “doma do Reino” de mao dos reis católicos.

A iniciativa pretende combater assi a escaseza de informaçom nos conteúdos curriculares, e apostando por espalhar “umha ideia da Galiza totalmente desconhecida para ela, e que a fai sentir ainda mais orgulhosa.” Podes consultar todos os videos nesta conta de youtube. Soma-se assi a projetos semelhantes, como a coleçom de videos “Falemos do Reino da Galiza”, apresentado polo historiador Carlos Lixó, como que conversamos neste digital