Em vésperas de começar na Audiência Nacional um novo juízo contra militantes galegos, Antom Garcia e Assum Losada, Ceivar vem de editar em aberto o documentário “A história absolverá-vos”. A reportagem reconstrói a vida pública do galego e da galega que enfrentam a maior condena por motivos políticos sem delitos de sangue, e dá voz a mais de dez pessoas que partilhárom com Assum e Toninho experiências associativas, ativistas e vitais.
Culmina assi umha campanha solidária que estivo presente na maioria dos centros sociais do país, e com a que Ceivar denuncia o ensanhamento judicial espanhola contra o independentismo galego.
Na terça feira dia 15 começará a vista na que a Audiência Nacional pretende carregar Assum Losada e Antom Garcia com 15 anos de prisom, o que se soma aos 28 que pagam na sua condena atual. De se confirmarem tais sentenças, ambos os militantes enfrentarám a estadia em prisom mais longa de todo o ciclo de oposiçom armada a Espanha em território galego, padecendo de facto umha cadeia perpétua “encoberta”, por palavras do organismo anti-repressivo.
Rostos e vozes contra a manipulaçom
Até o momento, o comum da populaçom apenas puido ter dados de Assum e Toninho através dos gabinetes de imprensa policiais, cujos comunicados foram publicados quase literalmente pola mídia sem questionamento nem matiz. A sua longa clandestinidade, nos treze anos que medeiam entre 2006 e 2019, fijo também com que as suas figuras fossem dificilmente conhecidas.
Com este documentário, apresentado por Charo Lopes, Ceivar pom ao alcanço do grande público umha semblança a várias vozes: Merce e Bea Garcia, irmaos de Antom, dam a sua visom mais cercana das origens do seu compromisso; Vítor Belho, amigo e companheiro de ativismo no ensino médio, recorda o associativismo nos anos 80; Bernardo Penabade, estudante de filologia, fala dos inícios do movimento reintegracionista; Luís Gonçález Blasco “Foz” conta a experiência de Galiza Ceive-OLN; Antom Árias Curto relata a sua coincidência com Toninho no EGPGC; Xavier Filgueira, sindicalista, recorda o movimento operário dos 80 e os debates no nacionalismo sobre a aceitaçom ou rechaço do quadro constitucional; Joám Peres, militante do movimento anti-repressivo há décadas, fala da sua tomada de contato com Assum no velho Burgo das Naçons, e da sua concidência com Toninho na reorganizaçom arredista dos primeiros 2000; Xiana Gomes e Antom Santos, ex-militantes da AMI, achegam-se à relaçom de Assum e Toninho com as novas geraçons ativistas; Antom Lopes, que fora membro da AMAL, descreve a importáncia do montanhismo na filosofia vital de Antom Garcia; Joám Manuel Sanches, ex-preso que os assistiu na clandestinidade, dá alguns dados do seu trato com os militantes fugidos; finalmente, Enma e Barny, que foram vizinhos de Assum e Toninho na sua estadia em Banhos, em Fornelos de Montes, descrevem o seu convívio dia a dia e o muito que lhes impatou a sua detençom e condena.
O documentário pode ser visionado aqui