Os Caneiros, nome dumha arte de pesca fluvial, é um campo junto do rio Mandeu, no límite do município de Betanços. É o último lugar no que o río é navegável.
A meados de agosto celebra-se lá a tradicional “Festa dos Caneiros”, que algumhas associaçons culturais desligam do já habitual lançamento de vinho e exaltaçom alcoólica. O certo é que o chao do lugar fica pragado de chapas de metal dos botes dos refrigérios durante todo o ano, fruto dum uso pouco ecológico dumha bonita tradiçom popular. Com mais dum cento de anos de antiguidade, “Os Caneiros” é considerada por muitas a romaria pagá mais importante da Galiza.
É curioso ver como as barcas baixam polo rio, cheias de pessoas a despedir-se da terra dum jeito animado. Baixam cara o mar como esperando algum outro lugar mais puro, no que corpo e “alma” se alimentem dessa outra brisa bem distinta, esse outro cheiro e essa outra amplitude, como numha limpeça de espírito ante um azul imenso, cumha apertura de miras literais.
Nom é negativo às vezes deixar-se levar polos poucos rios navegáveis que restam, for literal ou metaforicamente. Às vezes, a própria corrente da vida pode que nos desvele novos horizontes, nunca antes imaginados, que nada tenhem que ver com a nossa vontade mais corajosa ou teimuda. Pola contra, tomar distáncia de certas situaçons é normalmente a melhor forma de atingir algum ou outro problema. Nom significa isto a necessidade de apanhar aviom algum, se nom ao contrário, a de saber sentar olhando o que temos na natureza mais próxima e da que herdamos absolutamente todo.