Som já 36 ediçons as que cumpre amanhá sábado o Festival da Poesia do Condado, que reunirá em Salvaterra do Minho artistas, militantes e a vizinhança em geral para achegar um grau de areia ao massacrado povo palestino. Umha jornada plena de atividades, sostida por um intenso esforço organizativo, que pom de manifesto a boa saúde dumha das iniciativas mais veteranas do movimento popular galego.
Desde o seu nascimento em 1973, a Sociedade Desportiva e Cultural do Condado tem desenvolvido inúmeras atividades em favor da língua e cultura galegas, sempre desde a chave da auto-organizaçom popular. No passado ano, a SCD celebrava o seu 50 aniversário com a ediçom dumha obra de pesquisa, feito do que dávamos conta neste portal em conversa com o seu principal promotor.
A sua iniciativa mais conhecida, convertida já em referência nacional, é o Festival da Poesia, celebrado de maneira praticamente ininterrupta durante várias décadas, e sediado alternativamente em Mondariz-Balneário, Porrinho, Ponte Areas, Salceda de Caselas ou Salvaterra. Neste 2024, ano que tristemente passará à história pola tentativa genocida de Israel contra a Palestina, o festival pom o foco na luita contra a ocupaçom.
Lazer, movimentos sociais e debate
Desde a primeira hora da manhá, distintos postos do movimento associativo ocuparám o torreiro em Salvaterra; as pessoas interessadas no lazer alternativo terám a ocasiom de participarem dumha descida de embarcaçons tradicionais polo Minho, um aberto de bilharda e um jogo de futebol gaélico.
Como todos os anos, haverá um espaço mui destacado para o debate político. Com o apoio do coletivo internacionalista Mar de lumes, serám apresentados dous livros: Piobone Bombe, una settimana in Donbass com David Cacchione e A guerra a leste. 8 semanas no Donbass com o jornalista português Bruno Carvalho.
Sob o título “Palestina: ocupaçom, resistência e solidariedade”, o Festival dá vozes a poetas palestinas como Wadi Shahd, militantes da Frente Popular pola Libertaçom da Palestina como Fayez Badawi, e a solidárias galegas, como a eurodeputada nacionalista Ana Miranda ou o ativista de Pallasos en Rebeldía, Iván Prado.
Um espaço para a arte
As poetas participantes nesta ediçom serám todas mulheres: Shahd Wadi, Arancha Nogueira, Inma Núñez Núñez, Diana Kurich, Iris Abril Teijeira, Afra Torrado, Lucia Cernadas, Susana Araujo, Susana Arins e Charo Lopes.
A seguir, será o momento da música, que fecha umha jornada que combina reflexom, criaçom e festa: com umha presença importante de criadores galegos e umha achega italiana, as pessoas assistentes poderám desfrutar bandas e artistas como Banda Bassotti, Xabier Diaz & adufeiras de salitre, Skárnio, Loita Amada, Os Carunchos, Brassica Rapa, Escola da Rata, Jafra, Ameaça de Bombo e o DJ Marqués de Vilapodre.