Após doze anos e cinco meses de prisom, Eduardo Vigo e Roberto Fialhega ‘Teto’ volvem pisar as ruas da Galiza, facto que o organismo anti-repressivo Ceivar aproveita para chamar a atençom sobre novas e duras medidas de liberdade vigiada. Num contexto geral de retrocesso dos direitos, a liberdade vigiada imposta aos militantes galegos impede-lhes acodir ao seu recebimento, além de condená-los a umha ‘morte civil’ em distintos ámbitos da vida.

Corria o ano 2011 quando Eduardo Vigo e Roberto Fialhega caíam, junto outros militantes, numha rusga “anti-terrorista” que os levava a prisons espanholas. Resulta difícil de repassar detalhadamente a pelegrinagem carcerária que os conduziu, em mais dumha década, por cadeias como Navalcarnero, Villanubla, Jaén, Soto del Real, Mansilla de las Mulas, nas que penárom doze dos treze anos e nove meses de prisom impostos pola audiência nacional. Como mais ativistas galegos e galegas nas últimas duas décadas, sentírom em carne própria a excepcionalidade penal que se centrou contra a resistência galega, e todo o tecido sócio-político que o Estado e a mídia espanhola entendia como “cúmplice”. Ainda hoje, dous militantes, Antom Garcia e Assum Losada, permanecem na prisom de Teixeiro, pagando umha condena de mais de vinte anos de cadeia.

Bem vindas restritas polo Estado

Desde que em 1977 os primeiros prisioneiros e prisioneiras políticas nacionalistas foram ceivados das cadeias espanholas, na altura ao alento da Lei de Amnistia, sempre o movimento popular galego tivera como momento de júbilo especial receber os seus e suas militantes recém saídos da prisom. Fijo-o nas décadas de 80, 90 e primeiros 2000, até que a Operaçom Jaro de 2017, lançada como Ceivar, paralisou pola força da coaçom e da intimidaçom a celebraçom de recebimentos. Desde 2022 e 2023, com a saída em liberdade de Joám Manuel Sanches e Miguel Garcia, duras medidas de liberdade vigiada imponhem-se contra os ex-presos: proibiçom de acodir a atos políticos, que incluem o seu recebimento, proibiçom de conceder entrevistas ou trabalhar em ámbitos como a docência, e controlo de movimentos com pulseira telemática. Em declaraçons ao jornal Novas da Galiza, o ex-preso Miguel Garcia chamava a atençom sobre o facto de estar a viver na rua condiçons mais restritivas, nalguns ámbitos, que na própria prisom.

Novas puniçons da democracia

No longo historial de vulneraçom de direitos do Estado espanhol na Galiza, nunca se alcançara um nível de controlo explícito de militantes da rua como nesta altura histórica, e paradoxalmente, baixo um governo dito progressista. Após mais dumha década de prisom, Eduardo Vigo e Roberto Fialhega enfrentarám agora nove anos de liberdade vigiada na rua, o que inclui interdiçom de participar politicamente do arredismo, de comunicar com companheiras de causa, ou de dar publicamente a sua opiniom em questons relacionadas com a luita galega.

Ceivar chama à resposta

Sem resignar-se a um quadro legal a cada mais restritivo, o organismo anti-repressivo chama a recordar em que condiçons se produz a saída dos militantes galegos. Será o vindouro sábado 15 às 20h da tarde na Praça da Princesa, em Vigo, com umha concentraçom pública que, a um tempo que se congratula da liberdade, chama a denunciar ativamente a morte civil dos e das militantes galegas que saem da prisom. Com a legenda “Solidariedade com Edu e Teto”, o organismo pede manter-se firmes ativamente contra a “prolongaçom do castigo” à militáncia galega que se reincorpora à vida na rua.