Aconteceu no passado 1 de junho na capital da Galiza, quando a dirigente europeia Ursula Von der Leyden e o líder da direita espanhola, Núñez Feijoo, entravam num cônclave no Hostal dos Reis Católicos. Elvira Souto, veterana militante nacionalista, hoje professora universitária reformada, aproveitava a ocasiom para desdobrar a sua kuffiyah e para berrar “Palestina vencerá”. As forças policiais nom permitírom este exercício de liberdade de expressom, deslocando-a do lugar e confiscando a sua pertença.
Nom é a primeira vez que Elvira Souto, militante galega desde os tempos da ditadura, sofre pressom e abusos policiais, mas si que resulta chamativo que, desta volta, o facto proceda dum protesto simbólico e individual, que apenas expressa umha opiniom, ante umha das grandes valedoras políticas europeias do sionismo.
Ilegalidade policial
Os factos concretos aconteceram quando as cúpulas políticas europeias e espanholas saiam do hotel compostelano, entre elas Von der Leyden. Souto agitou a kuffiyah, dirigiu-se à dirigente europeia, e berrou “Palestina vencerá”. Ato seguido, vários polícias do serviço anti-distúrbios e da brigada de informaçom obrigárom a empurrons a solidária a sair da comitiva; foi identificada e veu como roubavam a sua kuffiyah, sem nenhuma razom legal que o amparar.
Em conversa com o Galiza Livre, Souto chama a atençom sobre o feito de que “até o momento, houvo certa toleráncia calculada nos atos de solidariedade com a Palestina, mesmo em atos desobedientes de denúncia. Agora, pola primeira vez impede-se um protesto simbólico.” A solidária também assinala que em casos como estes “a polícia intervém por perfis ideológicos, como se vê habitualmente em Compostela o 24 ou 25 de julho.” Souto nom duvida em que a polícia à paisana escolhe já certos perfis a serem indentificados “polo seu conhecimento prévio.”