Cumpre assinalar, antes de mais, que o Partido Comunista pola República Galega emitirá em breve o seu posicionamento oficial a respeito das eleiçons de 18 de fevereiro, mas aqui apresentamos umhas pequenas pinceladas da nossa análise.
Em primeiro lugar, cumpre romper com a linha oportunista e social-democrata, tanto estatal quanto autonomista, que apresenta constantemente a falsa dicotomia entre eles ou a direita. Quando eles governam a classe nom experimenta melhoras vitais, nom pola má vontade do oportunismo, mas pola própria natureza do Estado e o Capital.
Os comunistas sabemos que o Estado e todos os seus labirintos burocráticos som ferramentas de opressom da classe dominante contra a nossa. Portanto, a única estratégia real que defende os nossos interesses nom é outra que continuar com a construçom do Partido de Novo Tipo.
Ora bem, sabemos que assumir estas posiçons maximalistas desde um pedestal sem entendermos casos como este concreto que nos ocupa pode conduzir o nosso projeto, como lhe tem ocorrido a tantos outros, ao esquerdismo e à marginalidade. As condiçons objetivas fam que os comunistas tenhamos que assumir e cavalgar contradiçons.
Sabemos que o Partido Popular leva sendo o garante do grande capital financeiro desde antes do estrepitoso fracasso do bipartido. Isto leva provocando que a nossa condiçom de naçom submetida económica e politicamente se agudize; permanecendo indefesa frente a rapina do imperialismo.
Atopamo-nos numha situaçom crítica, a nossa língua esmorece num processo de castelhanizaçom, as nossas costas enchem-se de plásticos e resíduos e a nossa indústria desmantela-se, condenando-nos ao exílio ou à miséria.
Portanto desde o PCRG, ainda sabedores de que nom será a mudança de governo o que solucionará os problemas que padecemos como classe e como naçom, e alonjando-nos de dogmatismos esquerdistas e direitistas, entendemos que o povo trabalhador galego se mobilize em chave nacional e de classe para que, polo menos, se lhe ponha fim a 15 anos do caciquismo mais obsceno do narcopartido que é o PP.
Pablo Gómez, militante do PCRG
*Adaptaçom ortográfica do Galiza Livre