Desde a década de 90, a variedade galega do galego-português tem-se escuitado nas intervençons oficiais de representantes do nosso país, que aproveitaram a oficialidade da língua além-Minho para fazer ouvir reivindicaçons específicas no nosso idioma. Desde o passado ano, a solicitude do governo espanhol da oficialidade de galego, basco e catalám na UE volveu trazer à tona a controvérsia de se o nosso idioma precisa dum reconhecimento específico, ou se cumpre aproveitar as portas abertas que oferece a existência de Portugal como Estado livre. Manifesto “Mais galego na Europa” pretende aproveitar as avantagens da visom reintegracionista do idioma, e a um tempo, integrar na vindicaçom de oficialidade aqueles que apostam na norma autonómica da língua. A iniciativa, que saiu à luz há dez dias, soma já mais de 300 apoios.
Iniciativa transfronteiriça
Obviando a fronteira do Minho, e evidenciando mais umha vez a existência de enorme sintonia entre as duas beiras da antiga Gallaecia, cidadaos e cidadás galegos e portuguesas de distintos campos profissionais estám a socializar um, por enquanto, exitoso manifesto.
Desenvolvendo algumhas das teses que xurdiram por causa da petiçom espanhola de oficialidade das línguas de Galiza, Euskal Herria e os Países Cataláns, as promotoras da iniciativa assinalam que tal postura “iria desaproveitar oficialmente a relação de proximidade com o português, uma relação que tem permitido até hoje o uso diário da nossa língua por parte de representantes galegos/as nas instituições europeias, prática que começou em 1996.” Com efeito, o estátus internacional do galego, com o nome de português permitira, entre outros, ao deputado nacionalista Camilo Nogueira falar naturalmente no nosso idioma nas altas instáncias europeias, provando assi a potencialidade do reintegracionismo.
Além do debate normativo
Se bem esta aposta reintegracionista pareceu molestar àqueles defensores da língua que defendem um estándar independente para o galego, o manifesto esclarece que existem casos de idiomas globais cujas respectivas versons nacionais foram assumidas, como o quebequês, parte da fracofonia, ou a variedade austríaca do alemao, que é reconhecido pola UE desde 1994. De frutificar a iniciativa, o galego seria reconhecido como tal, na sua enxebreza, e ao mesmo tempo como considerado parte da grande família europeia e mundial galego-portuguesa. Com esta vontade abrangente, as e os promotores da iniciativa disponibilizam o manifesto em norma ILG e em norma internacional do galego (além de inglês e basco). No momento em que se redige esta notícia, o manifesto alcança os quase 400 apoios, que se podem ampliar assinando aqui.
Ampliando argumentos
Em entrevista realizada polo Portal Galego da Língua, a galega Antia Cortiças e o português Jorge Mendes ampliam a bateria de argumentos expostos no web, dando conta das motivaçons, idênticas ou em ocasions confluentes, de representantes de ambos os países darem batalha. Aliás das motivaçons históricas do galeguismo, de se apoiar na potência internacional do português para dar força e prestígio a um idioma próprio ameaçado na Galiza, Mendes aponta que além Minho há um interesse em fazer idiomática e cultural umha aproximaçom que já se produz na economia e na sociedade do norte e do sul: “temos uma riqueza em comum com a Galiza, que é a nossa língua, que é desperdiçada a meu ver, quando poderia ser o cimento que liga toda uma faixa atlântica da península ibérica que já se vai aproximando rapidamente nos âmbitos social e económico”, declara Mendes na conversa.