Num comunicado recebido nesta redacçom, o veterano colectivo Fala Ceibe do Bierzo fai-se eco dumha queixa vizinhal persistente nos últimos dias: a populaçom de Ponferrada deixou de receber a emissom da TVG nas suas moradas. A emissora autonómica é, nestes territórios, umha poderosa ferramenta de sobrevivência para o galego, submetido a umha quase total desprotecçom institucional.
Fala Ceibe, entidade que trabalha incansavelmente década após década polos direitos da minguada comunidade galego-falante berciana, fijo público hoje que Ponferrada ficou sem sinal da TVG, por causas que por enquanto se desconhecem. O colectivo manifesta que “há lógicas dúvidas sobre se este é um problema temporário, pola nova recomposiçom de canais, ou se resulta estrutural.” Fala Ceibe informa aliás que a sua denúncia, que foi enviada a todos os meios do país, fará-se extensiva ao ámbito institucional, e pretende elevar a queixa através dos partidos aos parlamentos da CAG e de Castela e Leom.


Desatençom berciana

Aproveitando este feito, Fala Ceibe fai um chamado aos partidos políticos concorrentes às eleiçons do vindouro 18 de fevereiro para estes “profundizarem nas relaçons históricas, culturais e linguísticas” entre ambos lados dos Ancares. Fala Ceibe bota em falta, no que diz respeito aos meios de comunicaçom, a presença de correspondentes fixos da TVG no Berzo, ou a existência de convénios de colaboraçom entre o canal público da CAG e a televisom de Castela e Leom. “Para nada queremos isolar-nos da comunidade galegofalante do noroeste peninsular nos níveis televisivo e digital”, afirma Fala Ceibe.
Os e as galeguistas estremeiros sulinham aliás no seu comunicado a prática ausência da questom berciana, e de toda a Galiza oriental, na campanha eleitoral, apontando que “a nossa sobrevivência lingüística futura depende das relaçons normalizadas com a Galiza. Teimamos em que nom queremos isolar-nos culturalmente da Galiza, apesar de estarmos arredados politicamente”, afirmam. “Necessitamos vontade política e menos medos a trabalhar polo idioma comum”. A falta dum protocolo entre a Xunta e o Conselho Comarcal do Berzo em favor do idioma deriva, para Fala Ceibe, de tal timidez política.