Mais de duas décadas depois da desfeita do Prestige, a Galiza volvia demonstrar o potencial mobilizador da defesa da Terra e do sector marinheiro e marisqueiro. Milhares enchérom a capital do país e finalizárom no Obradoiro numha manifestaçom que volveu a incidir na incompetência governamental e, por parte independentista, na vulnerabilidade das nossas costas por falta de recursos e soberania. Na mobilizaçom, convocada por mais de cem colectivos, a possibilidade dumha viragem de rumo institucional estivo muito presente. Fazemos umha pequena escolma das primeiras impressons.

Na sua crónica desde a Praça do Obradoiro, o jornal nacionalista Nós Diario destacava a capacidade de arraste dos mais de cem colectivos que convocaram o acto, e lembravam os certos paralelismos entre a crise actual e a do Prestige.

https://www.nosdiario.gal/articulo/social/galiza-clamor-defensa-mar-santiago/20240121102305187901.html

Quando ainda nom se conheciam cifras oficiais, o mesmo jornal oferecia imagens da manifestaçom, que demorou mais de 40 minutos em sair da Alameda, pola altíssima concorrência, inesperada até mesmo para os mais optimistas.

Também o digital Praza Pública oferecia umha colecçom de imagens muito ilustrativas da dimensom do acto.

Contra a censura dos meios oficiais, as redes sociais voltavam a mostrar o seu potencial, como este perfil que oferecia imagens em directo da manifestaçom, que de por si fam impossível minimizá-la.

Vozeiros comarcais autogeridos também faziam a sua própria crónica, como esta que chega desde o norte, de mao de Olháparo.

Por riba de todo, foi o sector primário da costa, nomeadamente o marisqueiro, o que se significou na manifestaçom, como directamente atingido pola nova vaga de poluiçom plástica. Neste caso, as crianças ocupavam a primeira linha da reivindicaçom.

Noutras contas, punha-se em valor o ofício e a condiçom reividindicativa das mariscadoras, também muito presentes hoje.

Mesmo publicaçons técnicas e profissionais nada suspeitas de ‘radicalismo’ recolhiam a irritaçom do sector contra a gestom da Xunta.

No ámbito da política institucional, a eurodeputada Ana Miranda era acompanhada pola representante ecologista Grace O’Sullivan, dando ideia da certa dimensom internacional que está a ganhar a crise ambiental galega.

Na manifestaçom houvo também presença de representantes do nacionalismo escocês, como se recolhe neste perfil.

Quanto ao movimento popular, e como nom podia ser de outra maneira, estivo presente através dos centros sociais, como puidemos comprovar nas redes. Em Compostela, a Gentalha do Pichel chamava à participaçom activa.

No independentismo político e juvenil, a propaganda incidira em datas prévias na importante responsabilidade e incompetência dos responsáveis; com essa mesma mensagem, as Assembleias Abertas e MPI estivérom presentes na manifestaçom.

Agrupaçons montanheiras, como a independentista AMAL, chamavam também os amantes da Terra a se manifestar em Compostela.

Dada a importáncia que está a ter a televisom pública na hora de oferecer umha imagem sem fisuras e monolítica do País, silenciando o alcanço da crise ambiental, os e as trabalhadoras organizadas da CRTV também fixérom ouvir a sua voz na nossa capital, com recordava a CUT.

Um dos grandes assuntos que pairava por riba do acto era a cita eleitoral dumhas semanas. O escritor Suso de Toro vinculava a demonstraçom de força de hoje em Compostela com a possível derrota da direita espanhola, da que tanto se fala nas passadas semanas.

Neste perfil afundava-se na mesma ideia, ratificando que a força quantitativa para umha hipotética mudança institucional é imensa.