Mais um ano, o Espaço Clara Corbelhe nom falta à sua cita com o pensamento crítico e os movimentos populares da Galiza. Fai-no com a publicaçom da sua terceira revista monográfica, num curso político que começara com a celebraçom dumhas bem sucedidas jornadas de estudo em Ponte Vedra.
https://www.galizalivre.com/2023/09/01/espaco-clara-corbelhe-convoca-ii-jornada-de-estudo-neste-outono/

Nesta ocasiom, esta plataforma de pensamento galego e dissidente pom o foco nas novas formas de extractivismo na Galiza, a versom mais moderna da relaçom colonial que leva secularmente condicionando a nossa sociedade.

Com o título “Para uma crítica galega da razão extrativista” as e os pensadores do Espaço, junto com outras pessoas colaboradoras, proponhem-se o ambicioso alvo de “conhecer melhor as argúcias da razom extractivista”, contribuindo deste modo para a desrticular. O monográfico, de grande densidade teórica, quer descobrir os processos, efeitos e lugares do extractivismo na Galiza contemporánea.

Se os passados números estudaram as formas actuais que toma Espanha na Galiza, ou desentranharam os agentes do campo cultural na nossa terra, nesta ocasiom o número oferece variados monográficos para conhecer os diferentes extractivismos que nos condicionam: a energia, a pesca e a produçom florestal ocupam um espaço importante.

Dum ponto de vista mais teórico e menos empírico, a revista também repassa o principal arsenal de pensamento do nosso nacionalismo, baseado na tradiçom marxista, para provar a sua actualidade e vigência. Dum ponto de vista ligado à economia, Pedro M. Rey Araújo estuda a ligaçom entre extractivismo e capital; Pablo Pesado e Helena Miguélez estudam os ecos que tivo o extractivismo na nossa cultura; Henrique Lijó deita luz sobre o sector mineiro, de Daniel Ares aborda o pouco estudado caso do extractivismo pesqueiro. Em conversa, Helena Miguélez e Mario Pansera falam dos limites das políticas extractivistas, enquanto que Damiám Copena estuda a tradiçom de resistência que engarça com o nosso monte comunal. Finalmente, a secçom ‘Bastardia’ dá voz a algumhas vozes de base envolvidas na resistência ao expólio eólico.

Neste vindouro sábado 13 de janeiro, membros do conselho de redacçom apresentarám o monográfico no CS A Revolta de Vigo, dando começo a um ciclo de palestras ao longo do país que visam espalhar o pensamento crítico deste colectivo da intelectualidade soberanista. As pessoas interessadas na publicaçom podem fazer-se caseteiras para contribuir ao projecto, ou comprá-la em livrarias e centros sociais.