A iminência das eleiçons no território autonómico galego, do que segue excluída toda a faixa leste da nossa Terra, está a motivar um vivo debate no galituiter, suscitando várias das questons candentes desta cita: o papel da esquerda espanhola, a visom mesetária sobre galegas e galegos, ou os grandes temas ausentes da campanha, como a independência ou o colapso ambiental, que representam os ángulos cegos da actual política institucional. Fazemos umha pequena escolma das controvérsias.

Neste chio, apontava-se com agudeza que o PP vê na sua derrota um possível avanço do movimento a prol da soberania galega.

A mesma conta apontava a total incompreensom de Espanha no que diz respeito as dinámicas sociais da Galiza, independentemente de estas formularem-se na esquerda ou na direita.

Como é evidente, olhares mal chamados periféricos, formulados longe do espanholismo político, achegavam reflexons mais frescas e cercanas à nossa realidade nacional.

Noutras contas, aproveitava-se a retranca para sintetizar o peso dos tópicos hispanos, normalmente caricaturescos, no achegamento à nossa Terra e à sua realidade social e política.

O fastio com analistas que distorcem a nossa realidade escrevendo de muito longe foi de facto umha das constantes do galituiter nesta semana.

Para além de debates ideológicos habituais, perfis destacados do nacionalismo assinalam o inútil que é a aposta na esquerda espanhola, quando o seu peso é hoje irrelevante na Galiza.

Na mesma linha se expressava esta conta, ao apontar que a lei eleitoral deixa fora da representaçom, na nossa Terra, opçons minoritárias.

Com preocupaçom contemplam-se também no soberanismo as constantes mostras de fraqueza que
mostra na Galiza a outra pata do bipartidismo espanhol, pois o desalojo da direita extrema depende do seu apoio ao nacionalismo.

Outros perfis apontavam certo optimismo na concepçom eleitoral da direita extrema, que situa as eleiçons galegas como mais um capítulo dum grande processo espanhol no que, por enquanto, este bloco vai perdendo.

Esta reflexom era suscrita em vários perfis do galituiter, que se congratulavam da “má focagem” do PP.

Nom faltárom, porém, apontamentos críticos sobre a lógica que subjaz em toda a campanha, que obviará questons essenciais. Neste caso apontava-se a mais que provável ignoráncia da alerta climática em que vivemos por parte de todos os concorrentes.

De posiçons independentistas radicais como estas, o enquadramento da campanha nas clássicas chaves hispano-dependentes continua a gorar a nossa causa nacional.

Os sérios equívocos do nacionalismo institucional apontam-se com persistência nesta mesma conta.