Segundo informa o organismo anti-repressivo Ceivar, Roberto Rodrigues Fialhega ‘Teto’ sairá neste Natal com o seu primeiro permisso penitenciário, depois de doze anos ininterruptos de cativério em prisons espanholas. Trata-se do primeiro preso independentista que sai de permisso nesta fase da história independentista seguindo umha estratégia colectiva, o que fai possível pensar em um relativo abrandamento das draconianas condiçons que leva padecendo a militáncia galega trás as grades.
Segundo informa Ceivar nas suas redes sociais, Roberto Rodrigues Fialhega abandonará o penal de Teixeiro na vindoura sexta feira para gozar na rua de seis dias com familiares e amizades, a partir do qual terá que voltar à sua cela. O organismo anti-repressivo congratula-se da medida e espera que seja o primeiro capítulo de umha nova fase menos abafante nas prisons. Fialhega, junto com Eduardo Vigo, paga umha condena de treze anos e nove meses de prisom desde dezembro de 2011, polo que lhe restariam ainda quase dous anos de cumprimento. Nem a Vigo nem a Fialhega se lhe puido provar a comissom de dano algum contra pessoas e bens e, com isso e contodo, som os presos que mais estáncia interrupta tenhem vivido em toda a história do nacionalismo galego, como recordávamos neste portal.
Mudança de estratégia
Ao se consumar a saída de permisso de Rodrigues Fialhega, será a vez primeira que presos independentistas desfrutam desta forma de abrandamento da condena nesta fase da luita galega, como fruto dum acordo político do colectivo de prisioneiros e prisioneiras. Anteriormente, Raul Agulheiro e Carlos Calvo, ambos em liberdade,desfrutaram do mesmo benefício, mas fixeram-no como fruto de decisons individuais e desmarcados da estratégia do CPIG.
Foi este mesmo CPIG o que no passado 2022 fixera pública a sua intençom de flexibilizar a vida interna nas prisons e a lógica de enfrentamento com o sistema penitenciário, umha vez assumida que a fase de choque protagonizada na rua pola resistência galega finalizara na segunda década deste século. No comunicado o Colectivo manifestava que “adotou por unanimidade a decissom de desativar a frente carcerária exclusivamente naqueles aspetos que implicam, nas atuais circunstancias, um prolongamento inecessário da prisom, o desenraizamento familiar e social e a desconexom dos atuais processos de mobilizaçom social e regeneraçom política”, o que supunha assumir a possibilidade de aceder a benefícios penitenciários e contemplar a opçom de nom se cumprirem as condenas na íntegra.
Dureza e flexibilidade estatal
Na lógica dos processos repressivos dilatados, os sinais de dureza e flexibilidade estatal som combinados polos mandos do aparelho policial, judiciário e penal. A um tempo que o independentismo celebra boas novas como esta, outras tenhem sabor agredoce. Há duas semanas, o movimento popular conhecia que a posta em liberdade do preso Miguel Garcia era acompanhada de rigorosas medidas de “liberdade vigilada” que supunham de facto umha seríssima vulneraçom de direitos, como o militante denunciava em artigo publicado neste portal.