Num contexto bélico, de massacre colonial na Palestina e crescente tensom entre blocos, a COP28 aborda a crise climática nos Emiratos Árabes Unidos, coraçom do lobby petroleiro e fossilista. Assim recolhiam as redes sociais a controvérsia entre Norte e Sul Global, e assim registavam a oposiçom na rua à cumplicidade com a desfeita climática global.

A imprensa nacionalista destacava na sua crónica as vozes do sul global, nomeadamente de Cuba e Brasil, que assinalárom criticamente a dupla moral occidental e a sua vontade de intensificar a queima de combustíveis fósseis.

Os povos e os movimentos sociais, embora minorizados, estám representados também na cimeira, e nom faltou a voz das e dos indígenas brasileiros, grande baluarte na luita contra a deflorestaçom.

Sobre o terreno da Amazonia, jornalistas brasileiros advertiam porém da dupla linguagem da casta política brasileira, independentemente da orientaçom política.

No extremo contrário, o lobby petroleiro, neste caso vinculado ao absolutismo político dos Emirados Árabes Unidos, fijo um forte apelo em favor de manter a queima de petróleo e advertiu contra quem querem “voltar às cavernas”, em relaçom ao decrescentismo.

https://revistaforum.com.br/global/2023/12/3/cop28-presidente-do-evento-faz-discurso-negacionista-gera-polmica-148800.html

Outra das expressons da direita política, neste caso o conservadorismo occidental, aproveita a evidente incoerência do discurso petroleiro para abrir outra frente de lucro, a da energia nuclear.

O movimento climático vinha a confirmar as sombrias palavras do sultám, fazendo sua esta denúncia do extractivismo..

Da Alemanha, de posiçons ecologistas e anticoloniais, entendia-se que este feito devesse levar ao boicote de cimeiras como a que vivemos estes dias.

Para além disso, e em tempos bélicos como os que vivemos, o mesmo colectivo apontava ao peso da indústria militar e de toda a sua maquinária no quecimento global.

https://www.theguardian.com/environment/2023/dec/02/cop28-climate-change-military-funds

Na acçom directa de rua, militantes de JustStop Oil levavam adiante bloqueios de rua na Grande Bretanha, apontando a cumplicidade do Estado com o extractivismo, e pagando o preço da repressom.

O pano de fundo da cimeira mundial é o da activaçom da luita climática, e nesse contexto, de importantes medidas repressivas contra o movimento popular. Espanha, aluno aventajado da repressom, começa a cercar a organizaçom Futuro Vegetal como “organizaçom criminosa.” Assi o apontava o jornalismo crítico.

Na Galiza, Amigas da Terra analisava assim as detençons de dias passados.