Aquele home escrevia compulsivamente. Tanto era assi, que o tiveram que levar para o departamento de enfermaria, e atá-lo em diversas ocasons. Quando nom tinha caneta, usava umha pedra, um pincel, o que for. O grave era quando nom tinha utensílios, indigente como era, que usava o próprio sangue.
Nom sei da consciência política daquele home, porque tampouco cheguei a conhecê-lo pessoalmente. Talvez nalgumha das centas de celas polas que passamos algumhes preses, tiver colocado os seus versos ou os seus escritos. Talvez nalgumha das paredes, nessas letras com cor a merda.
Penso em que seria daquele home nos dias que correm. Ignoro se continua em prisom ou percorre algumha cidade ou povo. Mas imagino, nom sei por que, que nom tivo superado a sua enfermidade. Provavelmente estiver escrevendo sem parar em qualquer ponto do reino espanhol, ou em qualquer outro reino ou república. Quem sabe se estará, como estamos outres, afetado polo genocídio palestiniano, e se tope escrevendo sobre essa questom. Imagino-o escrevendo polo cham das calçadas, e polas vidreiras. Entrando nas empresas a boicotar como Carrefour ou Puma, escrevendo por dentro delas com pintura ou sangue. Entrando nas delegaçons de Defesa, inçando de escritos as mesas e os troféus de guerra. Entrando em Urovesa, pola zona de Catoira, deixando a maquinaria militar inservível ao escrever com algum produto corrosivo.
Penso em que seria daquele home nos dias que correm. Ignoro se continua em prisom ou percorre algumha cidade ou povo. Mas imagino, nom sei por que, que nom tivo superado a sua enfermidade. Provavelmente estiver escrevendo sem parar em qualquer ponto do reino espanhol, ou em qualquer outro reino ou república. Quem sabe se estará, como estamos outres, afetado polo genocídio palestiniano, e se tope escrevendo sobre essa questom. Imagino-o escrevendo polo cham das calçadas, e polas vidreiras. Entrando nas empresas a boicotar como Carrefour ou Puma, escrevendo por dentro delas com pintura ou sangue. Entrando nas delegaçons de Defesa, inçando de escritos as mesas e os troféus de guerra. Entrando em Urovesa, pola zona de Catoira, deixando a maquinaria militar inservível ao escrever com algum produto corrosivo.
Às vezes aquele home semelha ser visto nas ruas dalgumhas das nossas vilas, e mesmo em manifestaçons, deixando rastro da sua atividade. Esperta admiraçom nalgumhe de nós, nom tanto polo que diz concretamente, se nom por como o diz, e pola atitude que impera nele quando o diz. Claramente desperta admiraçom polas causas polas que diz o que diz, quando até os calabouços mais escuros do Estado som lenços das suas palavras.
Imagino-o também nos despachos da alta política, entrando sigiloso, a encher de palavras os fólios, as fotografias, os cartafois vários ou mesmo entrando nos chalés adinheirados a chantar neles a sua arte, e nos carros de alta gama, e nas segundas e terceiras residências, convertendo-se numha espécie de fantasma contra o poder.
É de imaginar também que o seu rasto for de fácil seguimento, nom sendo o efeito contágio dos seus métodos e a sua pedagogia do ensinar fazendo conleve a existência de distintas pessoas de escrita imparável e desobediente. Porque aí já nom sei que seria do mundo que conhecemos. Conseguiriam-se parar assi a destruiçom da Terra ou os genocídios?
É de imaginar também que o seu rasto for de fácil seguimento, nom sendo o efeito contágio dos seus métodos e a sua pedagogia do ensinar fazendo conleve a existência de distintas pessoas de escrita imparável e desobediente. Porque aí já nom sei que seria do mundo que conhecemos. Conseguiriam-se parar assi a destruiçom da Terra ou os genocídios?