Vai-se cumprir quase um quarto de século desde que movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sançom) aparecera na cena internacional para dar resposta ao apartheid israeli na Palestina, frutificando também na Galiza. Chamando a atençom do mundo ante crimes gritantes contra os direitos humanos, a atitude de nom colaboraçom e boicote a Israel alarmou a potência pro-occidental e enfraqueceu a sua legitimidade no mundo. Com Gaza assediada e massacrada, a influência do BSD alarga-se.
A iniciativa nascera em 2005 de mao de 170 organizaçons da sociedade palestiniana, que chamaram o mundo inteiro a se organizar e a manter umha solidariedade activa ante o apartheid. Tratava-se de agrupar as muitas simpatias com as que conta este povo perseguido numha estratégia nom violenta e decolonial. Dado que a ocupaçom se mantém fundamentalmente graças a um conglomerado internacional de apoio que fai papel molhado as resoluçons da ONU, o movimento BDS pretendeu precisamente ruir os pilares de apoio internacional ao estado de Israel. Nomeadamente, erodindo a sua base económica e ponhendo em causa a legitimidade com a que Israel pretende contar no concerto das naçons.
Vindicaçons elementais
A amplitude das reivindicaçons é tal que qualquer democrata e solidário com os direitos humanos pode secundar e aderir-se à iniciativa: o fim da ocupaçom e o desmantelamento do chamado “Muro da Vergonha” em Gaza, Cisjordánia e Jerusalém Leste; direitos iguais para a populaçom palestiniana que mora em Israel, e portanto o fim do apartheid; e o direito ao retorno de mais de 7 milhons de pessoas refugiadas, a comunidade de este tipo mais numerosa do mundo.
Israel teme os sucessos da solidariedade
A piques de cumprir os seus 20 anos de vida, o movimento BDS tem visibilizado como nunca antes a ocupaçom, e tem acadado sucessos de enorme repercusom, como podemos comprobar desde a sua própria web: https://bdsmovement.net/economic-boycott. Tem conseguido, por exemplo, a rescisom de contratos a companhias sionistas em diversos estados, e também que certas empresas desinvestissem na ocupaçom, conseguindo por exemplo que de 2013 a 2014, o investimento internacional em Israel caísse o 46%. O alcanço da campanha foi tal que fundos de pensons de países como Noruega ou Nova Zelándia tenhem retirado investimentos; o mesmo se pode dizer de bancos privados europeus como Nordea e Danske Bank, e inclusive afamados milhonários como George Soros e Bill Gates colaborárom com a campanha substraindo fundos de empresas sionistas. Também no mundo da cultura, BDS tem conseguido que medrem mais e mais o número de artistas e criadoras que se negam a actuar em Israel.
Na nossa terra, por exemplo, desde 2015, o concelho da capital, Santiago de Compostela, adere à iniciativa da BSD, no que supom um outro sucesso de entidade para a campanha internacionalista.
A amplitude das reivindicaçons é tal que qualquer democrata e solidário com os direitos humanos pode secundar e aderir-se à iniciativa: o fim da ocupaçom e o desmantelamento do chamado “Muro da Vergonha” em Gaza, Cisjordánia e Jerusalém Leste; direitos iguais para a populaçom palestiniana que mora em Israel, e portanto o fim do apartheid; e o direito ao retorno de mais de 7 milhons de pessoas refugiadas, a comunidade de este tipo mais numerosa do mundo.
Transnacionais no alvo
Bem que as mobilizaçons de centos de milhares de pessoas estám a ter certo efeito no prestígio internacional do Estado sionista, é a proposta de BDS a que mais dano fai na maquinária da destruçom do sionismo. Nestes dias, nas distintas manifestaçons que se convocam na Galiza, a delegaçom nacional de BDS está a popularizar algumhas das marcas cúmplices com o apartheid sionista.
Das três mais conhecidas, duas delas som enormemente consumidas por galegas e galegos: umha delas, Carrefour, leva umha importante porçom do comércio alimentar na nossa terra; umha outra, Puma, está muito presente no material desportivo, nomeadamente no futebol, desde que a principal patrocinadora da FIFA (neste ponto, cumpre lembrar que o boicote conseguiu que grandes equipas da Europa, como o Liverpool, renunciassem à marca). Na listagem popularizada também se encontra a firma tecnológica Hewlett e Packard, que fornece material informático e servidores, e está especialmente envolvida no controlo social de israelis dissidentes e palestinianos.