O plano de limpeza étnica israeli contra a populaçom palestiniana está a activar alarmes mundiais, apesar do massivo apoio das potências occidentais e da prática unanimidade mediática em favor dos ocupantes. De Sudamérica à Ásia, milhares de mobilizaçons sucedem-se no mundo, e a Galiza somou-se a elas nesta segunda feira. 17 cidades e vilas do País, da Costa da Morte a Lugo, e de Ferrol a Vilar de Bairro, foram um clamor contra a violência colonial e a cumplicidade da UE.

A organizaçom internacionalista Mar de Lumes, junto a iniciativa BDS-Galiza, Galiza por Palestina e a Associaçom Galaico Árabe Jenin, que integra emigrantes palestinianos e palestinianas na nossa Terra, chamavam em passados dias por redes sociais a dizer um “nom” rotundo ao plano de limpeza étnica em Gaza. O respaldo foi maior do aguardado, e em cidades como Vigo ou Compostela, a assistência foi tam numerosa que as concentraçons virárom manifestaçom. Assim o reproduzia em video a plataforma contra-informativa Galiza Contrainfo.

Também na cidade olívica a concentraçom transformava-se em manifestaçom polo centro do casco urbano.

O manifesto assinado por ditas entidades, e respaldado pola prática totalidade do tecido associativo nacional e de esquerdas, assinala o salto qualitativo que estamos a viver; após anos de abuso e violaçom de direitos cruelmente dosificados, o cerco e tentativa de arrasamento de Gaza considera-se já “um genocídio com todas as letras”. Os perto de dous milhons de pessoas residentes na faixa, vivendo de seu um estado de privaçom contínua de direitos, como assinalam multidom de organismos independentes internacionais, vem agora em causa a sua própria sobrevivência, condenados a agonizar sem luz, combustível e fornecimento de alimentos.

Pressom internacional

A magnitude do acontecido nom pode ser compreendida sem a actual correlaçom de força no plano internacional, e um papel especialmente sinistro do bloco norteamericano-europeu: o manifesto lido nos actos de hoje afirma às claras que “este genocídio conta com o apoio dos governos occidentais, que nom levantárom um dedo contra o bloqueio em dezasseis anos que se leva a padecer em Gaza.”

Vozes no galituiter assinalavam precisamente que a atitude da UE é inequivocamente favorável à ocupaçom e aos massacres, disfarçados com a retórica da “autodefesa antiterrorista.”

Outros perfis recolhiam, por seu turno, as estarrecedoras declaraçons dum alto cargo da UE em favor dos ataques indiscriminados contra a populaçom civil.

Na realidade, a acusaçom realizada polo movimento popular galego no dia de hoje sobre a cumplicidade occidental é já umha evidência mundial que ressoa em muitos parlamentos, a começar polo da própria UE. Fixérom-se virais, e chegárom também à Galiza, as palavras do deputado irlandês Boyd Barrett, desmascarando a dupla moral europeísta.