Chegará o dia no que só se vislumbrem eólicos nos montes da Galiza, reinando o mais absoluto silêncio neles, o dia no que nom houver rio ou regato sem ter umhga barragem como é devido e na fervença do Ézaro haverá mais canos para gerar energia incansavelmente. As galegas e galegos e os peregrinos/as poderám sacar fotos e selfies com cada aerogerador, desfrutar das águas paradisíacas e tranquilas dos rios com barragens.

Tam só a empresa Naturgy projeta a implantaçom de quarenta novos parques eólicos na nossa terra, com o seu impacto paisagístico, na fauna, sobre todo nas aves e o ruído implícito que geram. Paralelamente, quantas declaraçons objetivas de impacto ambiental se figérom ao respeito? Recentemente, em junho deste ano, vizinhas dumha aldeia de Moranha atopárom petroglifos no lugar onde se pretendia situar um parque eólico, nom contemplados no informe de impacto ambiental da Xunta, segundo transcendeu à opiniom pública graças às vizinhas da contorna, porque só se tivérom em conta achádegos arqueológicos já catalogados previamente, mas nom se atualizaram, sendo a descoberta chave para pôr sobre a mesa a situaçom, que paralisou parte do projeto eólico e que está agora em maos da justiça. Som susceptíveis de serem considerados Bem de Interesse Cultural vários petroglifos nesta zona.

Por outra banda, o Tribunal Superior de Xustiza de Galicia vê indícios de dano ambiental nesse mesmo mês num projeto nos municípios de Zas e Santa Comba e anula os permisos para outro por fragmentar em vários parques o que devera ser um só. Parece que a letra pequena dos projetos eólicos da Xunta de Rueda nom sae bem parada quando se filtra à cidadania dita informaçom.

Só a comunidade com afám crítico e partidos da oposiçom som quem de questionar e pressionar à Xunta de Galicia e ao seu pseudopresidente para frear a nefasta gestom deste governo em matéria ambiental.

Nas eleiçons autonómicas do vindouro ano a cidadania galega deveria ser quem de transformar este modelo político que tem como alicerce o cinismo, as portas giratórias dos seus ex-mandatários (como Beatriz Mato, ex-conselheira de Médio Ambiente que na atualidade forma parte do Conselho de Administraçom da empresa Greenalia), a manipulaçom clamorosa dos médios públicos, (entre outras moitas razons) e a nula preocupaçom médio ambiental num modelo de pais que vele polos interesses de Galiza e que nom merme e supedite estes ao talonário das elétricas.