Ainda que associamos o verao galego com umha explosom de festas e actos lúdicos, os meses estivais tampouco detenhem o trabalho associativo e a reivindicaçom. Desde o sul da Galiza, no Val Minhor, o Bosque da Língua de Couso continua com novas iniciativas que junguem defesa do idioma e defesa da Terra. No domingo 30, um recital de poesia centrará-se na vindicaçom lingüística, e aproveitará para socializar a existência deste bosque que, desde a mao comum, acolhe mais e mais dinámicas por e para o povo.
No serao do domingo 30, a partir das 20,30, o Bosque da Língua de Couso acolherá as intervençons poéticas de Cristal Méndez, Soledad García, Fran Fernández Davila, Xosé Maria Álvarez Cáccamo, Xavier R. Baixeras, Gonzalo Navaza e Manuel Forcadela. Será, segundo nos diz em declaraçons a este portal um dos promotores do Bosque da Língua e presidente da comunidade de montes de Couso, Xosé Antón Araúxo, “mais umha oportunidade para pôr em valor a língua, nomeadamente entre a mocidade”.
Balizas para a difusom poética
Nom é este recital a única iniciativa de formaçom e espalhamento da cultura galega que acolhe o Bosque. Xosé Antón Araúxo explica que os promotores e promotoras colocárom já “22 balizas com poemas em galego de diferentes literatos, com certos versos destacados, o nome do autor ou autora, e um código QR que permite aceder ao recitado em voz alta”.
A preocupaçom polo estado do idioma é um dos motivadores que move a este grupo de activistas do Vale Minhor, comarca especialmente espanholizada pola cercania de grandes núcleos urbanos. É por isso que a mocidade, parte dela já sem contacto directo com o idioma, é um dos grandes alvos do Bosque da Língua. “No passado 17 de maio organizamos umha celebraçom polas letras em parceria com o CEIP Neira Vilas de Peitieiros”, diz Xosé Antón, “ponhendo em contacto as crianças com a língua e, ao mesmo tempo, com um espaço natural formado por bosque autóctone.”
Diferentes espaços construídos com o apoio popular
Esta iniciativa popular é mais do que um bosque. O seu perímetro acolhe um auditório, que reconvertiu umha antiga pedreira ao ar livre; foi estreado com apresentaçom de livros, como “O herbario de Rosalía de Castro”, editado em 2022, e que recolhe a atençom polas plantas e a natureza da poeta compostelana; nom demorará em ponher-se em andamento um parque de jogos, “umha zona que vai ser especialmente importante para atraer a rapaziada ao bosque”, afirma Araúxo.
O bosque iniciou-se em 2021 com umha plantaçom massiva de carvalhos, salgueiros, ameneiros, castinheiros ou teixos num espaço de 40.000 m2; ao seu carom acha-se o Bosque das Memórias, onde se recordam comuneiros e comuneiras falecidas com a plantaçom de espécies foráneas nom invasivas; a iniciativa do bosque da língua nom seria possível sem a acçom desinteressada do activismo, nomeadamente de entidades como o Instituto de Estudos Miñoranos ou a Associaçom Verdeval; tampouco seria factível sem a campanha de micro-mecenado posta em andamento. “Levamos já por volta de 10000 euros recadados, quase a metade do nosso objectivo inicial de 21620, com o contributo de pessoas muito diversas. A maioria da Galiza, claro, mas também obtivemos fundos de Portugal ou a Alemanha.”
A comunidade de montes em mao comum de Couso, onde se originou a iniciativa, tem activado um espaço web específico para o Bosque da Língua, onde as pessoas interessadas podem seguir a evoluçom do projeto e os reptos que este se marca para avançar na defesa do idioma.