O 24 e o 25 de Julho voltárom a ser jornadas de luita para milhares de independentistas e nacionalistas que, de diferentes maneiras e com diversas perspetivas, reivindicárom a soberania da Galiza nas ruas da capital do país. Como parte deste movimento popular de afirmaçom nacional, o Galiza Livre oferece para as suas leitoras e leitores a sua crónica das mobilizaçons.
A luita começa o 24
A véspera do Dia da Pátria foi protagonizada, como é habitual, pola mocidade e pola solidariedade com os presos e as presas independentistas. Assim, se na tarde do dia 24 Galiza Nova convocava umha nova homenagem nacional a figuras senlheiras da luita galega como Rosalia e Castelao, passadas as 20h partia da Alameda a marcha da Mocidade pola Independência, que juntava vários centenares de jovens numha mobilizaçom que contou com umha forte presença da polícia de choque espanhola, um método de provocaçom e criminalizaçom empregado desde há anos polo Estado espanhol nas convocatórias arredistas. Apesar desta presença policial, a marcha da mocidade mais combativa acabou, após a leitura do comunicado final na Praça do Pam, com a queima da bandeira espanhola.
Mas, como antes apontamos, nom foi unicamente a juventude da MpI quem desenvolveu a atividade do independentismo neste 24 de julho. De facto, foi a XVI Cadeia Humana pola liberdade dos presos e presas independentistas convocada mais um ano por Ceivar a que deu começo às mobilizaçons arredistas. Também sob o injustificado controlo policial espanhol, um bom número de pessoas participárom na cadeia solidária com a militante e os militantes galegos que ainda sofrem prisom para reclamar os seus direitos e exigir a sua liberdade, num ato que, para além da intervençom de Ugio Caamanho em representaçom de Ceivar, finalizou com a leitura do comunicado do Coletivo de Presos e Presas Independentistas Galegas.
Após as mobilizaçons começou o tempo para o convívio e a festa com os concertos organizados pola Mocidade pola Independência, no parque de Belvis, e os do Festigal, no Campus Sul.
Diferentes expressons do soberanismo no Dia da Pátria
No Dia da Pátria o protagonismo foi para as organizaçons políticas, se bem isto nom impediu que fosse o movimento social de base quem desse início às mobilizaçons do 25 de Julho, com o Projeto Estreleira a juntar várias dúzias de voluntárias e voluntários que despregárom na praça de Pratarias as bandeiras galegas de grandes dimensons que desta iniciativa estám a empregar habitualmente nas suas convocatórias, pulando por espalhar os símbolos nacionais e a história do país.
A continuaçom, as diferentes mobilizaçons fôrom saindo da Alameda compostelana, sendo a primeira delas a convocada polo BNG. Milhares de nacionalistas participárom numha marcha marcada polas convocatórias eleitorais, dado que o discurso da porta-voz nacional do Bloco, Ana Pontom, estivo centrado em reivindicar a capacidade da organizaçom para atingir o seu grande objetivo político atual, a conquista da presidência da Xunta por vez primeira.
Quantitativamente mais humildes, duas fôrom as manifestaçons independentistas que percorrêrom as ruas de Compostela neste 25J. A primeira delas foi a das Assembleias Abertas Independentistas, que reivindicou a defesa do território que o nosso povo está a levar adiante ante a avalancha de projetos eólicos que os governos autonómico e espanhol estám a desenvolver nos montes e no mar da Galiza em benefício das grandes companhias energéticas e de interesses alheios, e com o pretexto da “transiçom energética” e do alegado combate ao aquecimento global.
A manifestaçom das AAI percorreu as ruas do centro de Compostela e da zona velha, até rematar na praça do 8 de Março, onde Helena Salgueiro e Joám Mourinho dêrom leitura ao comunicado final da organizaçom independentista. Na sua intervençom, as arredistas defendêrom que para deter as agressons ao meio e à vizinhança cumpre “umha açom mais direta” em resposta à agressividade das transnacionais e dos governos, dado que estes “fam ouvidos surdos” às mobilizaçons que até o de agora se estám a desenvolver. Para além da defesa da Terra, as AAI reivindicárom novamente a reativaçom do ativismo em defesa da língua, o feminismo, a luita de classes e o antifascismo como pontos centrais para o trabalho diário independentista de construçom de comunidade no caminho de umha Galiza ceive.
A última manifestaçom em sair da Alameda foi a do Partido Comunista pola República Galega. Após um percorrido semelhante à das AAI, a marcha do PCRG finalizou na praça do Pam com um ato político que contou com a intervençom de Abraám Alonso e Laura Reigia, que destacárom o “trabalho de reagrupamento de comunistas e independentistas” realizado polo partido e reivindicárom luitas operárias como as greves do metal em Ourense e Ponte Vedra e outras como a das trabalhadoras do SAF, defendendo a classe trabalhadora como “o único sujeito quem de libertar as naçons oprimidas, de rematar com a discriminaçom padecida polas mulheres, de colocar a razom e as necessidades da maioria a dirigir a sociedade”.
Com os jantares organizados polas diferentes organizaçons e as atividades do Festigal durante a tarde, chegou ao seu fim a jornada de afirmaçom que representa o Dia da Pátria Galega. Um ritual popular de luita e irmandade que serve para dar novos aços para o resto do ano e renovar o compromisso com a libertaçom nacional e social da Galiza.