Será ao longo do dia de hoje quando se conheçam os resultados das assembleias de trabalhadores e trabalhadoras que revalidarám ou questionarám o acordo entre patronato e sindicatos em Ponte Vedra, após intensas mobilizaçons do sector do metal, especialmente secundadas na cidade de Vigo. À espera de conhecer a resoluçom do conflito, que volvia erguer o sector após catorze anos de silêncio mobilizador, a CIG vem de manifestar que o pre-acordo “mantém o poder adquisitivo dos salários e freia os curtes de direitos.”
Melhoras salariais e horárias
Segundo explicou o vozeiro da CIG Indústria na sua comparecência ante os meios, “mantém-se o poder adquisitivo dos salários, com incrementos do 3% por cada ano de vigência, e com umha cláusula de revisom de até dous pontos por cima da suba pactuada.”
A CIG reconhece que o objectivo dumha “revisom sem topes” nom se acadou, dado o bloqueio da patronal a qualquer negociaçom neste sentido. A postura empresarial, finalmente prevalecente, racha para a CIG “o recolhido no acordo estatal de negociaçom colectiva, que limita a revisom ao 1%”.
Mais satisfatórios som os logros quanto à jornada laboral, pois conseguiu-se umha reduçom de dezesseis horas nos dous vindouros anos, e o incremento das férias num dia laborável. Aliás, esclarece a CIG, “conseguem-se melhoras nas licenças e o estabelecimento dum plus de disponibilidade”.
Luitas pendentes
Satisfeita mas a um tempo alerta ante o pre-acordo, a CIG declarou que continua disposta a “pelejar durante o próximo período”, pois som várias as conquistas pendentes: a subrogaçom entre empresas privadas continua vigorante, aspecto que supom um atraso face as condiçons estabelecidas nos convénios do sector nas ‘províncias’ de Ourense, Lugo e A Corunha.
Balanço mobilizador
Reconhecendo que nom se logrou todo aquilo que se colocava como objectivo, a CIG indústria manifestou que “foi só graças à mobilizaçom, à unidade e à determinaçom amossada polos trabalhadores e trabalhadoras nos seis dias de greve que a patronal entrou em razom”. Deste ponto de vista, medidas regressivas desenhadas polo empresariado nom fôrom efectivadas, como a pretensom de introduzir ETT em todas as indústrias.
Neste portal informávamos no seu momento do contexto em que se desenvolvia a greve do metal e dos episódios de violência policial e resposta que pugérom a mobilizaçom no centro da actualidade informativa por uns dias.
Meses antes, também dávamos voz à Plataforma de Trabalhadores e Trabalhadoras do Metal que, dumha postura crítica com os sindicatos maioritários, nomeadamente os espanhóis, punha o acento na necessidade de recuperar o pulo mobilizador que caracteriza o sector.