O negacionismo climático está a mudar. Com o aumento dos fenómenos extremos já nom se pode negar o problema. Agora apenas se pode tratar de achacar a factores externos. Por isso se nos ocorreu desmentir os três factores mais utilizados.

As mudanças climáticas no passado vinhérom provocadas nomeadamente por três ciclos orbitais bem estudados, os ciclos de Milankovitch: Precessom (26.000), Obliquidade (41.000) e Excentricidade (100.000). Tais ciclos fam variar a quantidade de radiaçom que recebe a Terra.

Quiçá a gráfica que melhor ajuda a compreender a importáncia destes três ciclos (nomeadamente da excentricidade da órbita) é esta. Pode-se ver muito claramente a regularidade com a que se produziram os picos cálidos no último milhom de anos. Cada 100.000 anos.

Como se pode observar também na gráfica anterior, essas jeiras cálidas, os picos, duram pouco. Se nom for polo terrível experimento que estamos a fazer com a nossa atmosfera, estariamo-nos a encaminhar para umha época fria desde há tempo.

A NASA nom pode ser mais clara: “Se nom houver influência humana no clima, os cientistas afirmam que as posiçons orbitais actuais da Terra dentro dos ciclos de Milankovitch indicam que o nosso planeta deveria estar arrefriando, nom aquecendo.”

O sol é o outro argumento comum. Como se os ciclos solares tivessem algumha cousa a ver no aquecimento actual. Pois nom. Tampouco. Sentimo-lo, negacionistas, quer de direitas (Ayuso, Llanos Massó, Espinosa de los Monteros, etcétera), como de esquerda, por exemplo, Thierry Meissan.

Restaria o efeito dos volcáns, porventura o mais doado de desmentir, já que os efeitos nom adoitam durar no tempo mais do que uns poucos anos. E nom sendo que as erupçons forem massivas ou submarinhas, como a recente em Tonga, cujo efeito é pequeno, arrefriam mais do que aquecem.

De feito, estamos a emitir dióxido de carbono 200 vezes mais rápido que as súper erupçons que provocárom extinçons massivas. E nunca nos últimos 4 milhons de anos houvo tanto. Se calhar, por precauçom, iria tocando-nos parar, nom sei como o vedes.

Ah, e o que esta mudança vai supor nom é algumha cousa que vaia atingir as geraçons futuras, aos ursos polares ou aos pinguins. É algo que já está a provocar a falência das colheitas. É algo que vai fazer que nos encaminhemos a algo que os melhores cientistas chamárom…

Terra Estufa ou Terra Cozedeiro. A cousa é simples, se chimpas por riba do ciclo glacial, apenas há duas opçons: umha genial, estabilizar-se, que nom semelha muito provável já, mas cumpre pelejar cada décima, e outra muito perigosa para toda a vida na Terra tal e como a conhecemos.

Nessa opçom que nunca devemos permitir, ao sobardarmos alguns pontos de nom retorno, o sistema vai tomar inércia e começará a ser irreversível estabilizá-lo a escala humana. Esse limiar de no retorno vai estar entre 1’5 y 2ºC. Sem dúvida. Já estamos em 1,2º. Sem contarmos alguns factores.

Existe muito debate no tocante a isto, mas sabemos que por volta de médio grau mais está confirmado devido aos aerossóis que emitimos bloqueiam a radiaçom, e emascaram um aquecimento que já provocamos. Assim que deixemos de emitir, havemo-lo notar.

Por todos estes motivos (e mais que nom quero pôr aqui para nom alongar este fio) é crucial os governos cooperarem para frear a tempo esta autoestrada cara o inferno que estamos a asfaltar. Já estamos a ver signos de ruptura nos oceanos.

O dos oceanos sona a derradeira sinal de alarma. Até o de agora armazenaram um terço das emissons e o 90% do excesso de calor. Se deixarem de fazer essas funçons, estamos bem fodidos. 9 dos 16 elementos chave do Sistema Terra estám já em fase activa de degradaçom.

Fai chegar esta informaçom a quem tu creres que, embora com dúvidas, estiver pronto a considerá-la. Precisamos provocar umha mudança no conhecimento geral destas questons. Há cientistas a se jogar todo em acçons de desobediência civil. E obviamente com muitas razons.

Os últimos 13 dias foram os mais cálidos desde a última glaciaçom, em mais de 100 anos. Rompemos o registo anterior em cada um destes últimos 13 dias. Nom há nem média dúvida. Nom temos tempo para seguir a aturar debates estéreis.

*Este fio foi publicado originalmente na conta pessoal de Juan Bordera. Traduçom do Galiza Livre.