Após um parom mobilizador de longa duraçom, com mais dumha década sem grandes greves, o metal da província de Ponte Vedra, nomeadamente o viguês, volveu demonstrar a sua capacidade mobilizadora e o seu nível de combatividade. As mobilizaçons deixárom-se também notar em pontos tam distantes como o Salnês e o Deça. Na cidade olívica, após paralisar a feira patronal Mindtech em reinvidicaçom dum melhor convénio, os trabalhadores em luita nom se deixárom dissuadir polas limitaçons à liberdade de manifestaçom impostas pola delegaçom do governo: fôrom quem de curtar no dia de onte a principal via de comunicaçom da Galiza, a AP9, e respostárom desde o monte às agressons da polícia.
A negociaçom do convénio colectivo continua blocada na ‘província’ de Ponte Vedra, e é por isso que o sector do metal decidiu incrementar a sua pressom reivindicativa. Com presença das corporaçons espanholas CCOO e UGT, mas também com um papel determinante do sindicalismo nacionalista da CIG, o maioritário na Galiza, os trabalhadores volvêrom nesta semana a demonstrar a sua capacidade para condicionar o dia a dia da cidade de Vigo.
Em comunicado de imprensa, a CIG denunciou as “injustificadas” limitaçons à liberdade de manifestaçom do sector, dado que a subelegaçom do governo espanhol apostou directamente na proibiçom do acto dos trabalhadores diante da feira Mindtech, alô onde acadaria maior incidência social e mediática. Como resposta a este bloqueio legal, os trabalhadores decidírom-se a mais umha medida de força, detendo o tránsito na AP-9 na manhá de onte com a instalaçom de barricadas. Ante a aposta policial de deter esta acçom, os trabalhadores refugiárom-se no monte e respostárom o ataque com o lançamento de pedras e parafusos.
Dificuldades negociadoras
O sucesso mobilizador das duas primeiras jornadas de greve, segundo manifestárom os sindicatos, forçárom o patronato a se sentar na mesa negociadora já na terceira jornada, mas enquanto se redige esta notícia, nenhum acordo foi alcançado. O empresariado continua a se negar a manter a cláusula de revisom salarial conforme ao IPC real, a reduzir a jornada em mais de oito horas, e a garantir a subrogaçom do pessoal entre empresas. Para a CIG, “a proposta que coloca a patronal é mais regressiva ainda que a do actual convénio”; entre outros desacordos, apontam que a negativa a garantir a subrogaçom entre empresas poderia levar a muitos trabalhadores idosos a perder o seu posto de trabalho no caso de se produzirem subcontratas.
Posicionamento do sindicalismo nacionalista
Sem lugar para ambiguidades, a CIG anunciou que de nom se atenderem as reivindicaçons essenciais, “a mobilizaçom continuará, se calhar com maior contundência”, e salientou que a mobilizaçom do 20 de junho no IFEVI, às portas do Mindtech, demonstrou a força mobilizadora do sector, pois a assistência à feira ressentiu-se enormemente pola pressom obreira. Ao mesmo tempo, o sindicato nacionalista afirmou que “o governo posiciona-se claramente do lado do empresariado, e impede o exercício do legítimo direito de greve e mobilizaçom”.
Por seu turno, a Central Unitaria de Traballadoras salientou a importáncia do convénio do metal pontevedrês, “nom apenas polo número de afectadas, senom polo valor simbólico e referência para a classe trabalhadora”. No seu comunicado, a CUT aponta que “só é possível arrancar da Patronal um Convénio digno com umha boa e genuína organizaçom (…) sem assembleias vivas, reais e participadas em Vigo, Arousa, Ponte Vedra e o Deça, fai-se inútil o combate”, conseguindo assi motivar de novo uns trabalhadores decepcionados pola “vergonhenta sinatura do anterior convénio em 2021”.
Solidariedade e denúncia da repressom
Como sempre que se dam mobilizaçons contundentes, a repressom estatal desdobra-se, e esta ficou testemunhada polo bom trabalho mediático de iniciativas como Galiza Contrainfo que, aliás, fijo umha completa cobertura das jornadas mobilizadoras.
O organismo anti-repressivo Ceivar também se solidarizou publicamente com os trabalhadores do metal, e pujo o acento no carácter “de classe” dum Estado que com todo descaro utiliza as forças policiais exclusivamente contra um dos bandos em conflito.
Para além das organizaçons soberanistas e de esquerdas, também o mundo do ecologismo fijo pública a sua solidariedade com um sector tam emblemático como o metal.
Mas a solidariedade sobarda o ámbito estritamente político, e chega a ámbitos sociais tam diversos como o das claques desportivas, demonstrando o apoio popular ao sector.