Mais de cem colectivos, que conformam umha ampla aliança pola Terra, confluírom em Lugo na iniciativa “Um vento vem”; todos eles continuam a cenificar a sua oposiçom à proliferaçom indiscriminada de parques eólicos na Galiza, e que conta com o apoio político-institucional dos dous grandes partidos espanhóis. Neste domingo, na cidade de Lugo, por volta de mil pessoas denunciárom a sua oposiçom à “invasom” dos nossos montes, ao mesmo tempo que umha iniciativa paralela, a “Santa Campanha” irrompia num acto eleitoral do PP:

Trás umha faixa de cabeça com a legenda “O povo galego unido contra a depredaçom energética”, marchárom centos de galegas e galegos organizados em plataformas locais de afectadas, sindicalistas agrários, activistas de centros sociais, militantes ambientalistas, independentistas ou libertários. O acto, que dá continuidade aos que tivérom lugar em Vigo e Corunha, pom de manifesto umha “uniom das cidades e o rural contra o capital”, e quer se a mostra dumha “oposiçom crescente.”

Com acompanhamento musical, e logo de que umha faixa de grandes dimensons e o acendido de bengalas na Torre da Mosqueira dera o ponto de partida, as e os manifestantes percorrêrom as ruas mais cêntricas de Lugo.

A reinvidicaçom central do acto era a paralisaçom, sem matizes “do actual plano eólico e dos projectos em andamento”. Ponhendo em causa a sostibilidade das iniciativas que ampara a Junta e o governo espanhol, “Vem polo vento” exige um modelo “transparente, justo, descentralizado e descarvonizado”, que se enquadre numha proposta de “soberania energética, redes locais, e uns consumos reduzidos.”

Os colectivos convocantes assinalárom aliás a ameaça que supom um estilo “escurantista” de aplicar os planos eólicos, que muitas vezes saltam por cima das mínimas exigências de impacto ambiental, e recorrem à táctica da fragmentaçom: apresentar projetos de vários parques que na realidade conformam umha só mega-instalaçom industrial com muito maior impacto social e ecológico que o que figura nos planos parciais. “Está-se a trabalhar a medida das grandes empresas”, denunciárom as entidades convocantes.

Intervençom eleitoral e “Santa Campanha”

Numha campanha sostida no tempo, o movimento de oposiçom à invasom eólica manifestou que tem em consideraçom especial o processo eleitoral. A plataforma advertiu que as manifestaçons contunuarám, e que estám a aproveitar a actual desputa polos concelhos para “convidar os e as candidatas a explicar que fariam quanto à problemática eólica”, se chegarem a governar após as eleiçons do dia 28.

Nesta perspectiva se enquadra a iniciativa da “Santa Campanha”, em que grupos de voluntárias e voluntários enfeitados com as roupagens da clássica comitiva mitológica galega acodem aos comícios eleitorais a denunciar as “irregularidades e mentiras” que se agocham por trás dos planos em andamento. A estreia da iniciativa tivo lugar na passada sexta feira na comarca de Ordes, em Messia, onde activistas aproveitárom para se fazer presentes num acto da conselheira de Meio Ambiente, Ánxeles Vázquez, sulinhando as “mentiras” que recolhem os alegados planos de impacto ambiental.

Presença independentista

Numha oposiçom social enormemente ampla e que atinge um amplo espectro de posiçons políticas, também o independentismo se está a envolver na dinámica popular contra a invasom eólica. Nesta ocasiom, fôrom as Assembleias Abertas Independentistas as que participárom com faixa e propaganda de seu na mobilizaçom, portada por um grupo de voluntários com monos verdes e máscaras anti-gás. Ante a vaga extractivista que sofre o país, o clássico discurso anticolonial do nacionalismo galego volve a se fazer mui presente.