Está estes dias a ultradireita a passear o pandeiro pola Galiza, e está a mocidade a organizar-se para fazer-lhes fronte. Tanto em Compostela como na Corunha ouviu-se de novo que o nosso país será a tumba do fascismo.
Há dúzias de argumentos sobre táctica e estratégia para fazer tal ou qual cousa, há múltiples formas de enfrentar o fascismo do mesmo jeito que há fascistas em diversas estruturas do Estado e na rua, que o Estado espanhol é um estado de essência fascista, e muitos mais matizes. Argumentos para fazer umha cousa ou outra, sempre há. Argumentos para a nom-mobilizazom, nenhum.
Se algo se aprende quando se enfrenta o poder dum jeito ou doutro é que quanto mais espaço deixamos a este, mais espaço vai abarcar ele. A própria experiência histórica da Alemanha nazi assim o demostra.
Umha manifestaçom antifascista sempre é umha situaçom complexa na que diversos elementos como manipulaçom mediática, repressom policial, infiltraçom do chivateio, e um longo etecetera estám em jogo, mesmo a possibilidade de dar maior publicidade da que quiséramos ao grupo fascista em questom. Se botamos um olho à manifestaçom do outro dia em Compostela, veríamos numha esquina um colaboracionista policial berrando consignas, secretas sacando fotografias, polícia identificando e pessoas desorganizadas, mas também muita vontade, potencial para pôr a cidade patas para arriba se se quiger e futuro de mocidade que sementa novas formas de relacionamento e saberá recolher de experiências históricas de luita passadas o melhor para si e para o País.
O certo é que, ainda mesmo havendo feridas graves da nossa parte, aqueles grupos antigalegos de “Galicia bilíngue” nom se volvêrom manifestar nunca mais no nosso país. A desmobilizaçom contra o fascismo nunca é umha opçom, e este deve ser sempre enfrentado com todos os meios ao alcanço, com inteligência, constância e auto-organizaçom.