Como é habitual cada mês de abril, o centro social Mádia Leva rememorou a Revoluçom galega, que como é sabido tivo início na cidade das muralhas há justo 177 anos. Nesta ocasiom, o colectivo decidiu-se a colocar umha placa explicativa dos feitos na Praça Mártires de Carral, acompanhada da ensenha da estreleira, que nom demorou em ser arrincada pola polícia municipal. Após a tentativa de censura, o centro social recolocou umha placa e exigiu respeito para a recuperaçom da memória histórica.

Solicitando permisso das donas e donos do prédio dessa cêntrica praça lucense, militantes do centro social Mádia Leva colavam umha placa que, de maneira sintética, dava conta do mais essencial dos feitos de aquele abril de 1846: a constituiçom dumha Junta de Governo em Lugo a inícios de mês, e a rendiçom da cidade ante as tropas da oficialidade o dia 27, após o fuzilamento em Carral da dirigência militar da revolta.

Apenas três semanas depois, eram agentes da polícia local os que procediam a retirar a placa; o centro social Mádia Leva que, ainda que aparentemente a acçom podia parecer própria do espanholismo exaltado, na realidade era a polícia local, “com a responsabilidade da corporaçom municipal”, a que estava por trás desta “acçom tam incivilizada”.

Defesa da liberdade de expressom

Activistas do Mádia comunicárom nas suas redes sociais que acudírom a dependências da polícia local a recuperar a placa, e que com efeito eram os agentes municipais as que a tinham no seu poder. Embora as explicaçons recebidas fôrom confusas, as e os militantes puidérom recuperá-la, e no dia de onte volvérom-na a colocar no lugar inicial.

Simbologia galega no alvo

Nom é a primeira vez que a exibiçom pública de simbologia galega molesta à direita espanhola, for no ámbito social, for a que está empoleirada nas instituiçons políticas. Há anos, o próprio centro social Mádia Leva via como o seu mural de homenagem a Manuel Maria era boicotado por extremistas de direita, como informávamos neste portal.

No passado curso político, o PP local protestara pola exibiçom dumha esteleira no velho quartel de Sam Fernando.

E para além do ámbito lucense, o mesmo partido da direita protestara publicamente pola apariçom massiva de estreleiras na sinalizaçom das praias da Marinha, dentro da campanha de socializaçom de emblemas nacionais levada a cabo por Projeto Estreleira.