Esta semana a Plataforma Queremos Galego! apresentava umha nova convocatória em defesa da língua que decorrerá nas principais vilas e cidades do país com ocasiom do Dia das Letras. A mobilizaçom tem como legenda “Em galego, aqui e agora”. Nas vindeiras semanas Queremos Galego! fará pública toda a informaçom relacionada com a convocatória.

Num contexto político marcado polas eleiçons municipais de 28 de maio, de Queremos Galego! pretende-se fazer um apelo ao papel normalizador das instituiçons municipais “frente ao desleixo do resto de poderes públicos”. Assim, na conferência de imprensa, o porta-voz da plataforma, Marcos Maceira, indicava que a situaçom da língua melhoraria se os concelhos reclamassem o uso do galego para toda classe de atividades relacionadas com a gestom municipal, umha situaçom que fica longe de se atingir na Galiza de hoje e em concelhos das mais diversas cores políticas.

O movimento social em defesa do idioma adverte, aliás, da situaçom de emergência linguística em que nos achamos quando se alcançam os quarenta anos da aprovaçom da lei de normalizaçom (1983), tal e como refletem repetidamente os dados oficiais sobre o uso social do galego, que revelam a queda continuada no número de falantes da língua própria frente ao aumento do castelhano. Reiterando o papel das instituiçons públicas no ámbito normalizador, de Queremos Galego! reclamam a “oficialidade real” da língua enquanto denunciam o “desleixo, passividade ou boicote direto” da Xunta, da administraçom central ou do poder judicial à hora de desenvolver e aplicar a lei. Umha lei que, por outra parte, se emarca num quadro jurídico-político que assegura que o castelhano seja a única língua em que as pessoas podam desenvolver-se com normalidade em qualquer ámbito da vida social na Galiza.

Uns entraves institucionais e administrativos, políticos em definitivo, para o avanço do galego que, porém, contrastam com a persistência do movimento popular em defesa da língua, tanto no aspecto da reivindicaçom e a mobilizaçom como no da construçom de espaços de normalidade para o galego em ámbitos como o educativo, o desporto ou o lazer e o convívio. Ámbitos comunitários cujo potencial para a recuperaçom do idioma ainda está longe de se desenvolver plenamente.