O Projeto Estreleira nascia há quase dous anos para acometer umha ambiciosa campanha de socializaçom da simbologia nacional e da memória histórica; desde o pontapé de saída no compostelano Pico Sacro em 2021, fôrom milhares as estreleiras que lozírom em todo o território, e umha nova panóplia simbólica, os brasons comarcais, acompanhárom a bandeira nacional desde o passado ano. Agora, o Projeto anuncia nas suas redes umha popularizaçom massiva da legenda ‘República galega’.
Em tempos de normalizaçom da simbologia espanhola, e de extensom social de vários supremacismos, um grupo de voluntárias do independentismo pugérom em andamento o Projeto Estreleira como reacçom à ofensiva reacionária. Corria Junho de 2021, e a iniciativa celebrava no Pico Sacro o aniversário da proclamaçom da nossa I República, e da vitória massiva no referendo do Estatuto de 1936. Faziam-no desdobrando umha estreleira gigante no cúmio do Pico Sacro, e anunciando que a sinaléctica da Galiza se ia tingir de branco, azul e vermelho. Assim foi, e os painéis e muitos prédios do nosso País urbano e rural, de Ortegal ao Minho, aparecêrom decorados com bandeiras nacionais, o que em ocasions enfureceu a direita espanhola.
A Galiza comarcal
Logo de desdobrar umha cadeia humana de estreleiras na muralha de Lugo afinal de 2021, Projeto Estreleira lançou-se a mais umha iniciativa: a de comemorar a proclamaçom republicana de 1931 com um Desfile na cidade de Ourense: com a colaboraçom das criadoras Elena Penas e Héitor Picallo, faziam-se públicos nas ruas do nosso país os brasons comarcais da Galiza do futuro, da que se pretende a futura República galega.
Aconteceu em Junho de 2022, e no acto as e os voluntários loziam umha camisola com a legenda ‘República galega’.
Toda esta iniciativa de popularizaçom de símbolos galegos, alguns conhecidos historicamente, outros de nova factura, foi possível graças a umha ampla rede de apoio que, fundamentalmente comprando o material editado, deu a Estreleira os recursos precisos.
Maré azul
Na altura, o Projeto Estreleira baptizou a iniciativa como ‘maré azul republicana’, e o voluntariado da organizaçom estivo presente também no 25 de julho com a distribuiçom das camisolas que identificam a campanha.
Segundo Estreleira relata nas suas redes, o que se procura agora é socializar massivamente a legenda ‘República galega’, bem conhecida no independentismo e no nacionalismo, mas relativamente ignorada em boa parte da nossa sociedade. Um colante azul que luze o escudo da sereia está a aparecer massivamente em distintas localidades do País, chegando mesmo a alguns concelhos portugueses. Estreleira celebrou de facto em Dezembro um acto de irmandade luso-galaico em Porto, e tem declarado que “o Minho nom é fronteira” para a sua acçom sócio-política.
As redes sociais do Projeto chamam a que qualquer galego ou galega consciente aproveite a sua presença em eventos, lugares emblemáticos ou reivindicaçons, para pôr neles o acento na República galega.