Como informávamos na passada semana, várias organizaçons do ámbito nacionalista estavam a manter campanhas sostidas no tempo em favor da recuperaçom de usos do galego, que incluíam também a denúncia da vulneraçom de direitos lingüísticos em ámbitos empresariais e institucionais. Neste sábado, eram as Assembleias Abertas Independentistas as que davam “início oficial” à sua intervençom, com umha concentraçom de activistas com fatos laranjas diante do prédio compostelano de “El Corte Inglés”.
Os julgados de Lugo foram o primeiro lugar escolhido polas Assembleias Abertas Independentistas para distribuir propaganda com a legenda “Aqui discrimina-se o galego. Galegofalante, fai valer os teus direitos”. A organizaçom assinalava no seu texto de rua a quase nula presença do idioma no mundo da judicatura, o que se agravava ainda pola recusa de entregar documentos oficiais em galego a cidadaos que assim o solicitavam.
Mas o arranque oficial da campanha tivo lugar no sábado de manhá, diante do prédio de “El Corte Inglés” na capital do País. Lá, umha dúzia de activistas totalmente vestidos com fatos laranjas exigiam “direitos para as galegofalantes” e recordavam que ainda neste 2023, trabalhadores do Corte Inglés rechaçavam atender a um cliente em Vigo por falar este em galego, e que o serviço de atençom da grande empresa madrilena recusara atender a queixa do mesmo por esta questom lingüística. Se bem é habitual companhias espanholas nom atenderem às clientas na nossa língua, neste caso, o facto tivo maior gravidade: as empregadas fingírom nom entender o comprador por este ser galegofalante.
O feito, que mereceu a denúncia da Mesa, foi relatado polo miúdo no Nós Diario nesta notícia, também chamou a atençom das Assembleias Abertas, que declarárom que “farám pressom pública” contra aquelas empresas e instituiçons hostis ao idioma. A concentraçom, que decorreu sem incidentes, foi vigilada por duas patrulhas da polícia espanhola.
Várias décadas do laranja e o galego
A escolha dos fatos laranjas por parte das Assembleias nom é um acaso, desde que é a cor escolhida por parte do movimento normalizador desde inícios deste século: colantes e pintadas em laranja assinalavam já na altura as empresas agressivas com o idioma e, uns anos mais tarde, um bloco laranja, muito ligado ao independentismo e o reintegracionismo, fazia-se presente nas ruas compostelanas na grande mobilizaçom nacional do 17 de Maio em favor das letras galegas.