Há um ano, a campanha do nacionalismo espanhol para impedir a concorrência das Tanxugueiras na Eurovisom acordara umha grande reacçom de dignidade galega, que anegara as redes sociais e mesmo as ruas, e popularizara intensamente a nossa língua, os nossos símbolos e o nosso direito a ser. Doze meses depois, a controvérsia segue viva, e o rechaço mesetário ao nom espanhol-castelhano mantém-se intacto.
Um ano depois do sucesso das moças galegas, perfis ligados ao espanholismo continuavam a ridiculizar o seu contributo à música universal e à cultura galega em particular.
O galituiter respostava com bom humor às críticas acedas chegadas de Espanha, mais umha vez.
Outros perfis salientavam que um feito tam aparentemente banal como a escolha do representante de Eurovisom revela, umha e outra vez, que o nacionalismo espanhol nunca assumirá a cultura galega.
Este perfil basco-galego enquadrava historicamente a exclusom das Tanxugueiras: nunca umha língua nom espanhola tivo espaço para representar o Reino de Espanha na Eurovisom.
Na lógica do nacionalismo banal, a cultura galega é ‘étnica’, enquanto a andaluza ou castelhano-espanhola é a de ‘todos’ ou universal. Assim o recordava esta conta.
Com humor, este perfil remarcava a mesma lógica.
Esta outra conta orgulhava-se de que a cultura galega fosse aplaudida no mundo, sem que seja um problema que a maioria de Espanha a exclua ou despreze.
A deslegitimaçom popular do Benidorm Fest na Galiza ficava patenteada neste quadrinho da imprensa.
Como conclusom, podemos dizer que a velha legenda independentista ‘Galiza nom é Espanha’ é percebida, de maneira inconsciente, por galegas e espanhóis; assim o recolhe esta atinada reflexom.