A fabricaçom dumhas determinadas origens sociais para uso eleitoral é um recurso clássico da política espectáculo; nesta semana, num discurso congressual, Feijoo actualizou esta estratégia para consumo do público espanhol, autorretratando-se como um neno rural criado na humildade e empapado de cultura labrega. O artifício foi descoberto facilmente, e as redes, galegas e espanholas, reagírom com sátira.
O perfil desta economista assinalava o vazio do líder galego-espanhol, tentando cobrir o baleiro político com proclamas sentimentais sobre a sua infáncia.
Outras vozes apontavam que, por trás do discurso pre-fabricado de ‘ser da aldeia’, ocultam-se muitas vezes origens de classe, neste caso acomodada, e sem vencelho real com a vida agrária.
Nesta réplica apontava-se no mesmo sentido, recordando que a aldeia, além dos discursos idílicos, é também o lugar de certas elites que nom tenhem nada a ver com as classes oprimidas.
Recorrendo ao humor, este perfil recorda que a vinculaçom de Feijoo com os animais é umha pura ficçom para uso político.
Em Espanha, as declaraçons de Feijoo provocárom também reacçons humorísticas. Algum dos perfis de twitter ponhia em causa a sua capacidade política para postos de alta direcçom.
Outras contas galegas reproduziam vídeos satíricos espanhóis que recapitulavam o discurso de Feijoo, recriando-se nos extremos quase ridículos aos que chegava.