Mais umha vez, a América Latina comove-se por um presidente violentamente expulso do poder, e mais umha vez, este presidente alinha-se com a esquerda e procede do movimento popular. Repassamos nalgumhas contas galegas e americanas análises sobre os feitos; nelas combina-se a denúncia do golpe com a controvérsia sobre o papel e alcanço político do ex-presidente peruano.
Na lógica de unir-se baixo umha consigna simples, os meios de comunicaçom empresariais recorrem ao eufemismo para deslindar o acontecido no Peru dum golpe de Estado, como denuncia esta conta comunista.
A organizaçom internacionalista @mardelumes assinala, pola contra, o papel da mobilizaçom popular na defesa dos processos democráticos, e a exigência de assembleia constituinte.
Num contraste entre o que acontece no Peru e na Argentina, este mesmo colectivo fai um rápido repasso sobre a história do intervencionismo norteamericano nos países do sul do continente, que agora continua.
Na outra beira do Atlántico, a crítica ao golpe combina-se com a discrepáncia de parte da esquerda com Castillo. O presidente colombiano, na sua conta, aponta a desvinculaçom do ex-presidente das massas e o seu erro na hora de disolver o Congresso.
Outras vozes da esquerda, apontam, pola contra, que qualquer movimento que Castillo fixer estaria rumado ao fracasso, dado o feche do seu espaço político por acçom da oligarquia.
Há quem afirme também que existia umha falta de projecto político estratégico de Castillo, que o teria conduzido assi a um beco sem saída.
Na Galiza, analistas internacionais do nacionalismo vincam também em carências estratégicas do ex-presidente, e assinalam a carência de força do movimento popular como umha das razons de fundo da sua queda.
Outras contas, pola contra, aproveitam a análise de nacionalistas de esquerda sobre golpe contra Castillo para deslegitimar a política internacional sostida por dirigentes do BNG, transformando a questom internacional em controvérsia autóctone.