Já perto do Natal, fica mais um ano confirmado que o modelo de cidade-parque temático, focada nas compras e nas visitas massivas, assentou em Vigo de mao de Abel Caballero. As redes sociais fam-se eco deste fenómeno, mas também abrem espaço a vozes críticas que, de pontos de vista vizinhais ou ambientais, emendam o espectáculo natalício e o modelo de cidade.

Na linha de medir o sucesso dumha cidade polo volume de visitantes que recebe, Abel Caballero insiste cada ano no êxito do modelo viguês, alheio a qualquer consideraçom social ou ambiental que vaia além dos índices de compra. A imprensa galega recolhia esta semana que milhons de pessoas aterrarám em Vigo.

No ronsel da rivalidade municipal por volta de propostas baleiras, mesmo concelhos da Galiza interior, afectados por inúmeros problemas orçamentários e demográficos, se lançam à emulaçom viguesa. Assim acontece em Monforte de Lemos.

Perfis individuais contavam também, com preocupaçom crescente, como este modelo turistificador e consumista vira um foco de atracçom para mais e mais pessoas.

E porém, as vozes críticas existem, e introduzem-se mesmo na imprensa do Regime. O mal-estar da vizinhança pola invasom de visitantes e de luzes já se fai notar, num processo com certos paralelismos com o que acontece na turistificada Compostela.

Tal é a dimensom da crítica, que mesmo alguns espaços dos meios estatais recolhem visons alternativas, como este programa de Borja Tosar.

No plano do confronto institucional, o BNG lembrou aspectos como o incumprimento de múltiplas normativas vizinhais por causa das luzes, do mesmo modo que dias atrás pujo o foco no sobre-investimento de Caballero na iluminaçom natalícia.

Em tempos de alegada implicaçom das autoridades com a luita ante a emergência climática, o colectivo Amigos da Terra lembrou as toneladas de poluiçom que o Natal viguês contribui para verquer na atmosfera.

E num plano mais local, nom apenas sofre a vizinhança, senom que o que resta do Vigo vegetal e árvoreo é cercado polo decorado natalício.

Num video em chave humorística, o ambientalismo recordou aliás que a própria avifauna, já de seu castigada nas cidades, multiplica o seu padecimento com iniciativas como esta.