No passado sábado, cumprírom-se 104 anos desde que a Assembleia Nacionalista se reunia em Lugo, dando início a umha nova fase do movimento galego; também no ano que andamos se cumprem 101 desde que a nossa ensenha fora içada num prédio oficial, na Corunha das Irmandades, por iniciativa de Lois Penha Novo. Demonstrando a boa saúde da nossa memória e consciência colectiva, Via Galega fijo ondear neste fim de semana inúmeras bandeiras nacionais, que se desdobrárom em cem concelhos do País. De Sam Sadurninho a Ginço, do Barbança a Piornedo, em poucas ocasions tivemos a oportunidade de observar umha exibiçom tam massiva dos nossos símbolos.
Nalguns dos núcleos urbanos e vilegos, a colaboraçom municipal permitiu erguer estruturas permanentes que sosterám doravante a bandeira com a faixa azul, como aconteceu em Compostela, em Lugo ou em Rianxo. Na capital do país, o Parque Carlomagno acolhe desde o sábado umha bandeira de grandes dimensons, e também o fai o Parque do Museu da Cidade das Muralhas. Na pequena pátria de Castelao, a bandeira foi ergueita a carom do busto ao nosso persoeiro mais ilustre.
Noutros emprazamentos, nom se tratava de estruturas permanentes, mas erguêrom-se em lugares de grande valor simbólico que qualquer galega consciente identifica: assim foi, por exemplo, no Monte Alóia, um dos nossos grandes miradores cara o Atlántico no sul; no Alto do Furriolo, em Cela Nova, ao pé do monumento que recorda as vítimas do fascismo; ou na Torre de Caldaloba, também conhecida como Castelo de Vila Joám, na que Constanza de Castro resistira o cerco das tropas castelhanas nos finais do século XV. Em outros lugares, a homenagem à ensenha estivo ligada a figuras da nossa literatura: foi assim na Arçua, onde junto ao içado da ensenha se recitárom poemas de Manuel Maria e Ramón Cabanillas. Foi precisamente na casa natal do poeta chairego, em Outeiro de Rei, onde tivo lugar outra das exibiçons de bandeiras.
Socializaçom massiva
Os passados dous anos podem ser recordados, além de polo auge da ruidosa extrema direita espanhola e pola sua simbologia, pola exibiçom massiva da simbologia galega e o seu crescente peso na rua. O colectivo Via Galega vinha de socializar em meses passados a existência das selecçons nacionais galegas numha exposiçom itinerante, e agora vem de dar a lume o livro ‘Símbolos nacionais de Galiza. O hino e a bandeira’, de Xoán Costa e Manuel Ferreiro, que o Nós Diario repartiu de graça no passado fim de semana.
Aliás disso, o Projeto Estreleira inçou a sinaléctica do País com milhares e milhares de bandeiras nacionais desde a sua apresentaçom pública no Pico Sacro em 2020, e comemorou também o aniversário da Assembleia de Lugo com umha cadeia humana que quase rodeou por completo a Muralha de Lugo. Com periodicidade variável, a iniciativa ‘Estreleira Viageira’ desdobrou distintas ensenhas nacionais em Vigo, Compostela, Pardinhas ou Lugo.
Galiza em Portugal
Nom remata aqui o ano para a defesa da identidade galega e os seus símbolos. Em apenas quinze dias, no 3 de dezembro, o Projeto Estreleira chama a acudir a Portugal, e organiza umha viagem em autocarro para celebrar umha velha irmandade co além Minho, em forma de acto político-musical e desdobramento da bandeira galega e portuguesa, que ondearám por riba das águas do Douro.