As alusons à galeguidade em chave negativa ou comiserativa, que volvérom nestes dias por boca dum político da esquerda espanhola e um conhecido actor, trouxérom de novo à tona a persistente incomprensom da Galiza além do Berzo, e acendêrom as redes no nosso País. Além de fronteiras ideológicas, ou mesmo de usos da língua, umha pluralidade de vozes exprimírom o descontentamento galego com juízos baseados na ridiculizaçom e o tópico.
Alguns dos perfis críticos desta semana reflectiam, mesmo em língua espanhola, um certo fastio galego com a tradiçom de desprezo ao País com tantos séculos de antiguidade.
Francisco Rodríguez insistia, nas páginas do Nós Diario, também num traço desprezativo que fai parte já da cultura popular hispana.
Afundando de novo na história, outros fios recordavam a tentativa de ridiculizaçom anti-galega de parte do republicanismo espanhol nos tempos da guerra civil.
Outras vozes recordavam que o tópico anti-galego, formulado pola direita e apoiado pola esquerda, nom é mais do que o reconhecimento da nossa condiçom nacional.
Além do eixo esquerda-direita, as palavras dum actor espanhol sobre a condiçom galega revelam a extensom do tópico além do Berzo, o que indignou a muitas tuiteiras e tuiteiros.
O ‘nom nos entendem nom’ que figura no nosso hino era oportunamente aludido noutros chios.
Lembrando o perigo dos tópicos nacionais, especialmente os carregados de desprezo, esta conta recorria à retranca para respostar ao actor Paco León.
Dada a ofensa causada, o actor rematou por desculpar-se, mas isto nom aplacou o mal-estar nas redes.
Os meios autonómicos dérom voz ao conhecido personagem, que pontualizou as suas declaraçons, mantendo que nom havia nenhuma razom para ofender.