Ecoloxistas en Acción, em cooperaçom com Urco Producións, vem de apresentar o documentário ‘Alegria’; fijo-o no fim de semana do 12 de novembro, quando se faziam justo duas décadas do afundimento do petroleiro Prestige, agravado por umha gestom governamental negacionista da magnitude da catástrofe. O colectivo ambientalista apresentou ontem no Berbês, em Vigo, este trabalho audiovisual, com umha dupla pretensom: denunciar um modelo de transporte de mercadorias nocivo e, a um tempo, homenagear os milhares e milhares de pessoas que apostárom no voluntariado como forma de defesa do meio.
O documentário está dirigido por Luis Otero, e a difusom do seu trailer em redes sociais antecipou várias semanas de apresentaçons físicas nas principais cidades do país. Vinte anos depois da catástrofe que marcara um antes e um depois na consciência ambiental galega, as e os promotores recordam a necessidade vital de ‘aumentar a quantidade e qualidade das inspecçons dos buques que atracam no litoral’ da nossa Terra.
De facto, com um 70% do transporte marítimo da Europa a passar por diante das costas do País, o risco segue existindo, e é elevado, como recordavam fontes ambientalistas numha reportagem publicada polo digital Praza Pública.
Em dita reportagem, fontes de ADEGA manifestavam que ‘fica a sensaçom, fundamentada em feitos e experiências, de que outro Prestige pode ser possível em qualquer momento, porque a gestom dos riscos nom está à altura das possíveis consequências dum novo accidente.’
O documentário apresenta-se num contexto bem diferente do vivido naquele início de século, mas com um nexo comum: o papel central ocupado pola questom da energia, e mais particularmente, polo esgotamento progressivo dos combustíveis fósseis, aspecto que foi tratado na apresentaçom do documentário em Vigo. De facto, e duas décadas depois daquele accidente, causado em última instáncia polo tránsito intensíssimo de combustíveis fôsseis dumha a outra ponta do planeta, foros internacionais já reconhecem a entrada da humanidade no conhecido ‘peak oil’, isto é, na taxa de rendimentos decrescentes da extracçom petroleira.
Homenagem
Com isso e contodo, o documentário nom quijo ficar nas notícias mais sombrias, senom que o seu director quijo pôr o acento naquela maré de solidariedade sem precedentes que combateu o chapapote: ‘Alegria’ quer ser, por palavras do seu director, ‘umha homenagem à maré branca que supriu a carência de meios com a força da ilusom.’ O título do documentário é, na realidade, a recuperaçom da consigna que as pessoas do voluntariado pronunciavam nos momentos de maior desespero, dada a carência de meios gritante que existia na hora de combater o chapapote; mas essa legenda, segundo os autores do documentário, fala também de capacidade de sobrepor-se à adversidade ‘ante um governo de Espanha ausente’.
Rolda pola Galiza urbana
Após a apresentaçom e o colóquio mantido em Vigo, no dia 16 de novembro o documentário será apresentado no Cine Clube Padre Feijoo de Ourense; Compostela acolherá a apresentaçom no dia 18 de novembro, no Museu do Povo; e seguirám-lhe o Teatro Principal de Ponte Vedra, no dia 19, o Museu do Mar de Lugo, no dia 20, e o Círculo de Artesaos na Corunha, no dia 22. O País recordará assim umha grande desfeita ambiental, mas também umha mostra de auto-organizaçom popular dumha entidade tam grande que nom se repetiu nas últimas duas décadas.