Desde que o movimento ‘Extinction Rebellion’ começara a sua andaina em 2018, um novo modelo tipo de activista, o militante contra a acçom climática, começou a visitar as esquadras policiais e mesmo as prisons de vários países europeus, nomeadamente na Gram Bretanha. O motivo, acçons de desobediência civil que assinalam a responsabilidade da grande indústria petroleira no caos climático, normalmente apoiada polas oligarquias políticas. Agora, o perfil das detidas e dos detidos amplia-se à comunidade científica: nesta semana, vários membros de Scientist Rebellion na Alemanha eram fechados nas prisons daquele país pola sua acçom directa de denúncia.
Aconteceu na passada segunda feira em Munique: dezesseis moças e moços, a maioria cientistas de profissom, irrompêrom na sé do gigante do automóvel BMW e desdobrárom umha faixa contra a inacçom climática. Ao mesmo tempo, colárom-se a um carro de alta gama, deitárom pintura preta em vários veículos, e repartírom propaganda com textos científicos, onde se exprimia a funda preocupaçom polo beco sem saída polo que se adentra o planeta, de nom mediar umha mudança de rumo radical.
A acçom pretendia assinalar o papel do sector do transporte na mudança climática, e ao mesmo tempo denunciar o ‘fracasso’ dos Acordos de Paris: ‘195 países comprometeram-se a manter o quecimento global por baixo de 1,5º’, afirmou a activista e doutora em Astrofísica Elena González à imprensa empresarial. Mas a sua inacçom ‘condena-nos ao caos climático.’
A justificaçom para o encarceramento, medida extraordinária, se consideramos o relativamente brando do protesto, achou-na o juiz na sua vontade de impedir que se sigam produzindo acçons desse tipo ao longo da semana. Com efeito, os movimentos de acçom climática anunciárom que se realizarám mais e mais acçons de desobediência nestes dias, em vésperas da COP27, que se reunirá em Egipto no vindouro 6 de novembro.
O caso provocou umha enorme controvérsia nas redes, e de facto umha etiqueta no Twitter, #ScienceInJail, atraiu a atençom de milhares de pessoas alarmadas pola medida repressiva. Um dos cientistas detidos, o espanhol Fernando de Rojas, declarou a propósito da acçom de protesto: ‘estamos no meio dumha das maiores crises que tem padecido a nossa civilizaçom: podes ficar de braços cruzados até te atingir a ti, ou podes agir agora.’
Nas mesmas redes sociais de Scientist Rebellion, vários e várias cientistas jovens dam testemunha da gravidade da situaçom, dando conta da sua disposiçom a serem encarcerados por causa da sua luita.