Um completo informe que regista dados do conjunto do Estado espanhol dá conta da qualidade do ar nas cidades da Galiza. Através da mediçom de 32 estaçons oficiais, o colectivo Ecoloxistas en Acción dá conta dumha realidade que suspeitávamos, mas que agora confirmamos: o aquecimento global piora os já de por si negativos efeitos nocivos da poluiçom urbana, fazendo ainda mais perigoso o desenho da cidade motorizada e sem árvores. Como dado esperançador, o mesmo informe aponta que Ponte Vedra, cidade que ensaiou um outro modelo de transporte, tem o ar urbano mais limpo da Galiza. Ecoloxistas en Acción pede precisamente às instituiçons medidas contundentes
Os dados
Do 1 de janeiro ao 30 de setembro deste ano, os dados recolhidos por distintas estaçons que medem a qualidade do ar som claros: regista-se um pioramento evidente das tendências.
Ainda com isso, na análise, e segundo Ecoloxistas, cumpre levar em conta outros elementos que fam da nossa Terra umha das menos castigadas da contorna, quanto menos no que diz respeito ao ozono atmosférico. Este poluente forma-se em combinaçom com outros poluentes denominados precursores: os que emitem os carros (nomeadamente os díesel), as centrais termo-eléctricas, ou a gadaria extensiva. Se bem a relativa fraqueza industrial e urbana galega impede que os níveis de ozono academ entre nós os níveis alarmantes da Europa dita mais ‘desenvolvida’, neste Outono de 2022, a totalidade da populaçom e do território do nosso país padecem ar poluído por ozono. A excepçom, a cidade de Ponte Vedra, a urbe com o menor grau deste poluente em todo o Estado espanhol.
Mudanças na tendência e aquecimento global
A volta à actividade social e económica anterior à pandemia supujo um novo agravamento dos níveis de poluiçom em geral, se bem esta tendência nom se plasma de maneira homogénea no nosso território. Segundo os estándares de poluiçom estabelecidos pola Organizaçom Mundial da Saúde, a Galiza de 2022 viu como descendiam os níveis de emissom em relaçom à jeira 2012-2019. Com isso e contodo, há contra-tendências: Ourense, Vigo e a Galiza norte vírom piorar as tendências, o que as especialistas vinculam com a terrível vaga de calor que sacodiu a Europa occidental a meados de julho.
Para além dos riscos que supom, já desde há décadas, um modelo de cidade alicerçado no carro particular, neste século que andamos, a má qualidade do ozono troposférico vê-se agravada por um caos climático que ensina ano após ano a sua fase mais ameaçadora. Segundo Ecoloxistas, o incremento das temperaturas, o alongamento do verao e a reduçom das precipitaçons, ao que se somam os incêndios virulentos, ponhem mais e mais em risco a qualidade do ar.
Inibiçom institucional
A organizaçom ecologista recorda que este problema, como todos os problemas ambientais, é antes do mais ‘um problema sanitário de primeira ordem’, que provoca mortes e doenças, nomeadamente em sectores de populaçom como as crianças, os idosos, as mulheres grávidas, ou pessoas padecendo doenças cárdio-respiratórias crónicas. ‘Durante o episódio de muito elevada poluiçom de meados de Julho, afirma o colectivo, a Junta limitou-se a difundir avisos informativos rotineiros, e no episódio extremo de Ourense, nem a Junta nem o Concelho advertírom à populaçom, como é preceptivo’. Ecoloxistas recorda que, apesar da profundidade do problema, ‘nom existem medidas específicas para este poluente’.
Reivindicaçons
Como vem insistindo o ecologismo nas últimas décadas, em geral ante a xordeira institucional, as medidas a tomar devessem ser ágeis e contundentes: ‘diminuiçom do tránsito motorizado, adopçom das melhores técnicas industriais disponíveis, substituiçom dos dissolventes orgánicos por água, reduçom do consumo energético, e substituiçom da energia fóssil por renovável’. Na teoria, este tipo de medidas encaixam com a proclama institucional, assumida polos concelhos galegos, de criar zonas de baixas emissons nas urbes de mais de 50.000 habitantes.
Num plano mais amplo, e que para Ecoloxistas precisaria a implicaçom internacional, cumpriria a ‘criaçom dumha Área de Controlo de Emissons no Oceano Atlántico’ (como a existente já no Mar do Norte), ‘a reduçom do tráfico aéreo, a penalizaçom dos carros díesel, e umha moratória para grandes exploraçons gadeiras intensivas’.