Com praticamente todo o território galego ameaçado por gigantescas infraestruturas eólicas, resulta quase impossível fazer um seguimento do conjunto de ameaças que pairam sobre os bens naturais e culturais da Galiza. Ainda assi, a pressom que se exerce contra algumha das zonas mais senlheiras do País fai com que certos casos sejam especialmente conhecidos, motivando a alarma de parte da populaçom. É o caso do projeto eólico que ocupará Soesto, contra o que o associativismo da Costa da Mortelivra umha dura batalha. Salvemos Cabana informa de que hoje começa o prazo para alegar contra o parque projectado pola Junta e executado pola empresa EDP.
A ameaça eólica na Costa da Morte pom em risco as zonas de Soesto, Monte Cham, Pena dos Mouros, Monte Agrelo, Murinho, Bustelo, Baralháns e Alto Torreiro; na realidade, e ainda que as empresas apresentam os seus planos como vários parques diferenciados, trata-se dumha só infraestrutura que se apresenta fragmentariamente para ter mais possibilidades de ser aprovada. Esta estratégia é seguida polas empresas energéticas em vários pontos do país.
Dano ambiental irreparável
Entre os danos diversos que causam estas infraestruturas, mormente destinadas à exportaçom de energia, o que se provoca sobre flora e fauna tem umha gravidade especial. Os próprios estudos de impacto ambiental manejados polas empresas reconhecem que as obras projectadas ponhem em risco 9 espécies e 8 géneros, entre os que se topam vários tipos de morcegos catalogados como ‘vulneráveis.’
Aliás, ao tratar-se de parques situados a menos de 500 metros da linha de costa, o colectivo Contramínate adverte que o sistema de drenagem vai ser perturbado, e multidom de aves verám alteradas as suas vidas e os seus movimentos. O feito de que a área seja considerada ‘Zona de Especial Protecçom de Aves’ nom impediu as autorizaçons institucionais até o presente.
A paisagem, ameaçada
Mas se som conhecidos os previsíveis danos que causará o parque é no que atinge ao património cultural e paisagístico do conjunto de galegas e galegos. Salvemos Cabana tem insistido em que, de se consumarem as obras, isto suporá o fim da conhecida contorna dos Penedos de Pasarela e Traba. Mais umha vez, a alegada legislaçom protectora nom é um atranco para as empresas e a casta política que actua em conivência com elas: por decreto autonómico 294/2008 de 11 de dezembro, a área é considerada paisagem protegida. Salvemos Cabana chama a atençom de que assinar tal declaraçom e ao mesmo tempo permitir tal obra é ‘incompatível com o Convénio Europeu da Paisagem’, um acordo que insta os Estados a conservar e manter os espaços e especial valor histórico e estético. Na realidade, e de se consumar a obra, a zona ficará ‘completamente rodeada’ de enormes moinhos de 200 metros de altura. Contra esta flagrante contradiçom também chamou a atençom o colectivo Contramínate, muito activo na luita contra o extractivismo na zona.
Tempo de alegaçons
O movimento associativo pom ao serviço da cidadania um espaço web para conhecer polo miúdo a realidade do parque eólico de Soesto que, como dixemos, é apenas o elo dumha ampla cadeia que pode destroçar algum dos melhores espaços da Costa da Morte. Se as leitoras interessadas podem conhecer o que nos jogamos no espaço ir.gl/eolicosoesto, Salvemos Cabana pom a disposiçom do povo umhas alegaçons gerais que se podem descarregar no espaço ir.gl/alegasoesto. O mesmo modelo seguiu A Associaçom Ambiental Contramínate, que disponibiliza também as suas próprias alegaçons.