A suba salarial anunciada ao funcionariado por parte do governo espanhol generou controvérsia nas ruas e nas redes; no nosso País, com umha proporçom de emprego público enorme, o impacto foi mesmo maior. Num campo, o nacionalista, em que o funcionariado tivo e tem um papel capital -nomeadamente na dirigência das estruturas políticas- o debate foi também intenso. Fazemos umha pequena escolma desta questom, com grandes implicaçons de estratégicas.

Vozes da esquerda galega salientárom o importante papel do funcionariado como pilar dos serviços públicos, e portanto, dos direitos sociais, contra críticas a este sector que normalmente se associam ao mundo libertário ou anti-estatal.

No sector das trabalhadoras qualificadas, este fio apontava que o debate devia ir além dos salários, e defendia que todo aquele que tenha nómina pertence à classe obreira.

Outras vozes cépticas com a suba salarial, pola contra, apontavam que o reforço dos serviços sociais passam por outro tipo de ajudas directas a sectores como a conciliaçom, os transportes públicos, ou a transiçom ecológica, e nom pola suba salarial.

Com dureza, outras vozes assinalavam-o funcionariado como ‘o povo do Estado’, e questionavam o alcanço do seu esquerdismo.

O debate da suba salarial revela, no fundo, o debate sobre a funçom política da classe média. Neste fio, vindicam-se posiçons como a de Emanuel Rodríguez, que diz que a chamada ‘classe média’ é um campo mui amplo e cheio de ambiguidades, que colabora com a exploraçom, e a um tempo sofre-a. ‘Existem formas de extracçom do plustrabalho fundadas no poder de organizar os demais ou nas qualificaçons que possuis’.

Deste ponto de vista, para o mesmo tuiteiro, cumpriria levar os debates de classe além da estrita questom do nível de ingressos.

Do papel contraditório do funcionariado, que inclui tanto profissons fundamentais para o avanço da sociedade, como sustenta a repressom violenta, dava conta este chio.