O Centro Social pontevedrês ‘O Quilombo’ acha-se mergulhado num processo reorganizativo, na procura dum novo local na cidade do Leres. Como aconteceu a todo o movimento popular do que fai parte, a chegada do Covid e as extensas políticas de restriçom de actividade e direitos introduziu umha certa congelaçom da dinámica associativa; superada esta jeira, o Centro Social volta com novos fôlegos, e enquanto procura um outro espaço físico, apresenta à base social um Outono inçado de actividades. A defesa da Terra é o eixo.
No passado 25 de setembro, e enquadrado dentro da iniciativa nacional de ADEGA de limpeza simultánea de rios (‘Projecto Rios’), O Quilombo participou numha acçom de voluntariado ambiental no Rego Vale de Corvos, retirando importantes quantidades de lixo, nomeadamente plástico.
Quinze dias depois, no vindouro 12 de outubro, e em colaboraçom com o galpom social da Rousmeri, em Caroi (Terra de Montes), da associaçom realizarám o roteiro Cabenca-Cavadosa, que partirá da praia fluvial de Cerdedo, com o objecto de dar a conhecer esta bisbarra do sudoccidente galego, autêntica encruzilhada entre as Rias Baixas e as serras centrais do Deça e a Ulhoa.
As actividades nom rematarám aqui, pois combinando formaçom com acçom, e em cooperaçom com a Comunidade de Montes de Tomeça, umha Brigada Deseucaliptizadora limpará terrenos na Fracha desta espécie invasiva, autêntico emblema da despossessom da riqueza natural e económica dos montes galegos para lucro de grandes conglomerados empresariais. A acçom decorrera o dia 16 de outubro, umha semana antes dumha nova iniciativa de ‘ciência cidadá’ no Rego Vale dos Corvos.
Dinamizaçom e futuro local
Com esta dinámica, o centro social pretende recuperar o ritmo organizativo e mobilizador que a bisbarra de Ponte Vedra –como o conjunto do País– perdeu há já mais de três anos, e ao mesmo tempo, criar umha dinámica associativa que abra o novo local num prazo nom mui demorado. Assim que se confirmar a sua inauguraçom, a cidade do Leres estará a piques de cumprir duas décadas com centros sociais autogeridos; no ano 2004, na fase de eclossom deste fenómeno auto-organizativo, inaugurara-se na cidade A Revira, seguindo o ronsel do veterano Artábria, do recém inaugurado CS Revolta, ou do também jovem, na altura, CS O Pichel de Compostela.