Em rolda de imprensa celebrada hoje em Compostela, no Palco da Alameda, o conjunto de entidades multadas por venderem e distribuírem material sócio-político no Dia da Pátria manifestárom a sua oposiçom ao que consideram “sério atropelo” municipal, consumado agora em multas da subedelegaçom de governos. Assinam a nota de imprensa a Marcha Mundial das Mulheres, Isca, Movimento Arredista, Galiza Vermelha, Espaço Clara Corbelhe, Ceivar, Esculca e Mar de Lumes.
Como noticiamos neste portal, no passado Dia da Pátria o concelho de Compostela enviou várias patrulhas da política local com a intençom de desmontar os postos de material social e político, com a argumentaçom de que “careciam de permisso de venda ambulante”.
Como recordam os colectivos denunciados, frente a medida tomada polo concelho, “a distribuiçom de material político o 25 de Julho é umha actividade com décadas de história, e até este ano, nenhuma corporaçom municipal -fosse qual fosse a sua orientaçom política- pugera obstáculos ao seu desenvolvimento nem exigira autorizaçom de nenhum tipo.”
Dado que a chegada da polícia municipal se produziu com todos os postos em funcionamento, e distribuindo os seus diversos materiais, numha improvisada assembleia, as representantes de distintas entidades decidírom continuar com a actividade. Agora, o seu gesto é considerado como “desobediência à autoridade”.
Uns meses depois, a ameaça da polícia local materializa-se com elevadas multas (até 600 euros por pessoa), numha nova tentativa de dissuadir a participaçom social e política. As entidades multadas recordam que as multas se aplicam ao abeiro da Lei de Segurança Cidadá, popularmente conhecida como ‘Lei Mordaça’, “umha lei que o PSOE, partido do alcalde de Compostela, Sánchez Bugallo, e do Delegado do Governo, Miñones Conde, criticou em numerosas ocasions, mas nom derogou a pesar da propaganda e falsas promessas”.
Todos os colectivos recorrêrom as multas impostas nas pessoas dos e das activistas, e esta rolda de imprensa pretendeu ser a primeira denúncia pública “da utilizaçom partidária e repressiva do poder municipal”.
No plano institucional, por seu turno, o BNG elevará umha pergunta ao pleno do Concelho, pretendendo conhecer a justificaçom do alcalde Sánchez Bugallo dumha medida atentatória sem precedentes.