Cumprírom-se os piores prognósticos, e a extrema direita volta a um dos governos da Europa occidental: na Itália, paradoxalmente, o país da resistência, e dumha fortíssima tradiçom comunista. Escolmamos dados e análises para entender o que acontece nesta nova jeira pos-globalizaçom na que entramos.
Em passados dias, esta completa crónica internacional dava os traços fundamentais do que estava a fraguar-se na Itália: idênticas políticas económicas que as conhecíamos a esta hora, mas complementadas com muito maior autoritarismo político. Para Larrabeiti, ‘se o permitimos, pode voltar o Antigo Regime.’
A imprensa galega salienta como a baixa participaçom e a desafecçom com o sistema político estám a alentar o auge do neofascismo, cada vez mais perto de nós.
O acontecido onte tem alcanço europeu, pois pola vez primeira desde a II posguerra mundial, a extrema direita volta ao poder na parte occidental do continente. Assim o conta esta crónica desde a Catalunha.
Nesta outra crónica internacional, recorda-se que a esquerda real leva fora do parlamento italiano 15 anos, mas agora acomete um processo de reorganizaçom de mao de Unione Popolare, que porém nom conseguiu representaçom.
No Brasil, conhecedoras desde há tempo dumha imensa viragem à direita de amplas capas da populaçom, recordárom que as ideias força de Bolsonaro estám muito presentes na Itália.
Muitos perfis de extrema direita aparecem exultantes; nalgum caso, amossando um mapa da Itália no que se observa o deslocamento do eleitorado cara a direita e a extrema direita no tempo post-covid.
Como é sabido, os resultados eleitorais dam-se num contexto de escasseza crescente, falta de energia e reconcentraçom de energia, o que anuncia panoramas turbulentos. Recorda-o assim o decrescentista Antonio Turiel.
Muitos cronistas perguntam-se que acontecerá a partir de agora. Como assinala F. Cancellato, caminhamos cara governos ‘soberanistas’ na UE que querem recurtar poder a Bruxelas, mas fundamentalmente para aplicar políticas ainda mais direitistas e restritivas que as que elabora a Uniom.
Este perfil galego que analisa a realidade italiana vinca precisamente no ideário antieuropeísta que move o ideário de Giorgia Meloni.