O grande escritor e viageiro Alberto Moravia, nos seus engaiolantes Paseos por África, alertava já em recuados tempos contra o que hoje definimos como turistizaçom.

As grandes expediçons marítimas e o despertar das arelas exóticas acrescentadas polo romantismo à par que o petróleo barato, convertérom aqueles elitistas Grand Tour da aristocracia europeia num turismo burguês que, quer nos navíos a vapor, quer polos caminhos de ferro e máis tarde nos automóveis, reduzirom as distâncias e o mistério. O boom turístico que sucedeu o Segundo Gram Massacre Mundial, co crescimento das grandes urbes e as grandes vias de comunicaçom, massificou o turismo de evasom e homogenizou culturas e paisagens num jeito de colonialismo tremendamente deturpador. Os grandes tour operadores vendem o lazer enlatado e os paraísos artificiais garantindo o impossível, comodidades, aventura e seguridade. O mesmo tem que se trate do remedo dum romeiro medieval a Compostela, umha rota por África desde 247 euros ou turismo de aventura na montanha, tam longe d’A montanha mágica daquele Thomas Manm como podem estalo umha excursom de jubilados a Benidorm daqueles banhos de barro no esquisito Bath.

A massificaçom turística aguilhoada pola publicidade muda as cidades, vilas e aldeias em parques temáticos a demanda do turista que se crê com direito a impor os seus costumes e vértolas, sem respeitar espaços, tempos nem línguas.

Os turistas dum turismo rural sentem-se amolados pola bosta, os lameiros, o canto do galo que os desperta,as pitas ceivas e agora também polo som das campás na noite. Em Herrero de Ibio, em Cantabria, -ainda bem que nom foi na Campania- o crego decide apagar os sinos polas protestas dos turistas. Seica o som metálico do bronze os estressa mais que o bruído enxordecedor das cidades das que fogem. Porém, a comunidade rural e os hóspedes viageirosreclamam o toque das campás como sinal de identidade.

Eu lembro o som bicudo da Berenguela furando a brétema polas ruas de Compostela. Esse som petava tam forte nos adentros que definia a personalidade da cidade e inclinava á introspeçom nestes tempos tam dispersos. Como umha sorte de Adriám Solóvio no Arredorde si de Pedrayo, o som bronzíneo daquela paisagem sonora transportava-nos à revolta contra Berenguel de Landoira e as luitas pontíficias do s.XIV.

Rosalia ou Pondal versificarom todo o abano de emoçons que as campás despertam, quer as de Bastavales quer as de Anlhóns. E os escasos sineiros sabem da habelência de vizinhos que fam toques de moinheira ou de jota anunciando festa. O antropólogo Lisóm Tolosana dizia que as campás expressavam a harmonia comunitária da paróquia chamando polos fregueses em momentos críticos. Por isso tocavam a morto, a parto ou avisavam de incêndios e treboadas. Parece que o som metálico escorrentava aos nuveiros ou tronantes. Esses seres míticos altos e muros que fam as tronadas e saraivas subindo às nuvens numha polvorinha ou remoinho de ar que fam mijando numha moreia de terra. Há formosas lendas e contos onde as colheitas de pam som salvadas dos trovons polas badaladas ajeitadas. Disque há campás macho de som grave, como as que levam os volantes no antruido da Ribeira Sacra e fêmia, com um som mais agudo. Nas noites de brétema os sinos das igrejas guiavam os vizinhos para nom se perderem.

Os turistas, fugidos do estrés das suas vidas valeiras e de costas à morte, sentirám a angúria do destino em cada toque. Crença houvo de que certo toque de campás agoirava a morte dalgum vizinho. E há umha cantiga que di que os sinos tocam polos vivos para que se lembrem que som mortais. O que fai cismar se o turista nom andará a fugir da morte no entanto o viageiro vai ao seu encontro.

Teremos que orientar o turismo dos alojamentos rurais cara o ecocultural e além de ofertar cursinhos de sineiro para aprender a tanger como fam em Ouçande ou visitar obradoiros de sineiros como o de Caldas de Reis, organizar leituras e forums sobre os sinos. Começar polo livro Trece badaladas de Suso de Toro ou o de Xabier Do Campo, O misterio dasbadaladas, onde se espelha como a campá partilha o tempo e orienta as horas de labor e lazer.

Anque ao boticario,don Anxo, que adoita velar até moi tarde, as badaladas non lle permitían concentrar na lectura, e ia contando mentalmente: tann, oito. Tann, nove…Tann, TRECE…!!.