Um grupo de mulheres vem de criar em Vigo a produtora audiovisual transfeminista galega “CRU producións”. Impulsionado polas cineastas Bea Saiáns e Eire Cid, nativas do Val Minhor, “Cru producións”, está afincado em Vigo e quer a romper a estrutura hegemónica da indústria do cinema na Galiza, criando, em palavras delas “um novo espaço no audiovisual galego” com “novas audiências” para “contar a realidade desde outros pontos de vista, dum jeito diferente”. A ideia é trabalhar cambiando o imaginário social do cinema atual; fomentando um audivisual disidente coas relaçons de dominaçom do patriarcado.
A sua prioridade: mulheres, pessoas transexuais, pessoas racializadas, coletivos LGTBI… “Nesta lista de prioridades laborais, os homes brancos cisgénero estám no último posto”. Lembremos que este é um setor no que se calcula que menos do 33% das profisionais que trabalham nele som mulheres.
Proposta de financiamento com éxito notável
No mês de abril iniciavam umha campanha de financiamento meiante mecenazgo na rede atingindo o 25 por cento do seu objetivo em apenas umha semana.
Sem grandes promotores públicos que apoiem os seus projetos, este grupo de mulheres procuram a colaboraçom de pessoas que também apostem pola transformaçom social atravês do cinema.
Projetos
“Nom queremos fazer cousas complexas. Queremos chegar à gente e fazer cinema consumível para a espectadora. Cremos que é um erro negar-se a entrar no circuíto comercial”, afirmam.
Agora mesmo estám a realizar vários projetos. Entre eles atopa-se um projeto de investigaçom em colaboraçom coas universidades de Sao Paulo (Brasil) e Surrey (Inglaterra) arredor da “(in)mobilidade das mulheres em contextos de crise”. Outro é “Régimen”, umha série documental que nom deixará ninguém indiferente.
Ademais, entre os seus objetivos a curto praço está o ámbito pedagógico. Para isso trabalham em obradoiros que procurarám “a construçom dumha mirada crítica capaz de reflexionar sobre o universo audiovisual e o seu lugar na sociedade”. CRU é umha produtora de eventos culturais, videos musicais, programas web… mas também de exposiçons audiovisuais para visibilizar a outras criadoras transfeministas e tecer redes de alianças.