Nom há muitos meses que neste portal dedicávamos um espaço ao Bosque da Língua de Couso, entrevistando ao vozeiro da Comunidade de Montes daquela paróquia, Xosé Antón Araúxo. Na conversa, o comuneiro lembrava como este espaço social e florestal está a virar um autêntico referente na gestom alternativa, e nom eucaliptizadora, das nossas florestas; aliás disso, o monte está a piques de acolher o primeiro bosque da língua da nossa Terra; neste Junho, dá-se mais um passo para fazê-lo realidade.

Seis meses de trabalho voluntário estám a dar os seus frutos. Desde que a comunidade de montes vizinhal de Couso (Gondomar-Val Minhor) anunciou a sua ideia a prol da criaçom do bosque da língua, 7000 euros fôrom doados por milhares de voluntárias em forma de micromecenado.

Primeiro anfiteatro do Val Minhor

Mostrando com feitos que a iniciativa vai ir muito longe, o Bosque da Língua vem de amossar aos meios o seu anfiteatro, o primeiro do Val Minhor. Trata-se dumha instituiçom ao ar livre que aproveita umha antiga pedreira de granito, típica nesta área do sul do país. Assenta num lugar chamado Chao da Mamonda, e poderá acolher até um cento de pessoas, com o fim de abeirar espectáculos musicais, culturais, educativos ou formativos.

Ideias diversas

A originalidade e a utilidade som as duas ideias fulcrais deste inovador projecto. Quando se conclua a recadaçom dos 14000 euros restantes, a comunidade -e o conjunto do povo do Val Minhor e da Galiza- terá acesso a um espaço de 40000 metros quadrados. Nele, as crianças desfrutarám dum parque de jogos com elementos de madeira, e as nom tam novas terám umha área de assembleia com tocons para manter parladoiros; também umha cozinha-laboratório para degostar produtos ecológicos, mesas de experimentaçom, umha mámoa, e mesmo zonas de observaçom de animais.

Como nom podia ser de outro modo num bosque dedicado à língua, os e as escritoras terám o seu espaç: haverá diversos paineis com textos de autoras galegas, e também códigos QR com informaçom cultural. A ideia dos promotores, segundo comentou Xosé Antón Arauxo, é fazer do bosque um espaço cultural ao ar livre onde apresentar livros, organizar leituras, contracontos, ou obradoiros.

Mais um pulo

Apesar de que já se tem andado um bom trecho de caminho, vozeiros da comunidade vincárom na necessidade de alargar os apoios a um micromecenado que conseguiu o 34% do objectivo proposto, mas ao que ainda lhe resta um longo caminho para chegar à cifra ansiada. Quando se chegar a esta, a Galiza terá mais um espaço do povo, nom desertizado nem coberto de betom, para celebrar a nossa língua e a nossa riqueza natural.