A única mina deste mineral em todo o continente europeu foi autorizada o mês passado pola Conselheria de Economia, Indústria e Inovaçom e anunciada esta mesma semana no Diário Oficial da Galiza. Da mina pretendem extrair Tantálio e Nióbio, os dous minerais que componhem o coltám, e que é imprescindível para a indústria informática. 

O titular da concessom é Strategic Minerals, firma canadense, que prevê extrair 50 milhons de toneladas de coltám num período de 30 anos, prorrogável até os 75. Trata-se de umha sociedade que começou a explorar esta mina no ano 2018, despois de que permanecera abandonada desde o ano 1986. Entre os anos 1971 e 1986, milheiros de toneladas de estanho fôrom extrazidas da Penouta para alimentar a indústria armamentista, mas quando o grupo Rumasa esgotou o estanho que albergava, retirou-se sem restaurar a desfeita causara nos montes durante três lustros. As balsas de Rumasa ainda descansam ao pé das montanhas. Agora é Strategic Minerals quem pretende seguir sangrando as montanhas orientais. 

Com a nova concessom a mina soma umha nova área de extraçom (secçom C) a céu aberto de 150 hectares (milhom e médio de metros quadrados). Este facto confirma as suspeitas das organizaçons ecologistas que consideravam que a atividade que se vinha fazendo na secçom B da mina desde o ano 2018 nom era mais que unha tapadeira para conseguir a obtençom dos direitos de exploraçom da mina a céu aberto (secçom C). O “reprocessado” dos materiais das antigas balsas realizadas desde o ano 2018 nom produzia nada, nom sendo vertidos contaminantes.

Alerta ecologista

A mina está encravada na contorna de Pena Trevinca, dentro do espaço natural Rede Natura Pena Trevinca, de modo que a contaminaçom de metais pesados sobre a ZEC Pena Trevinca (ES1130007) e a ZEPA Pena Trevinca (ES0000437) é umha ameaça real.

A concessom de exploraçom de recursos da secçom C da mina denominada Mina de Penouta número 4880.1, situada no concelho de Viana do Bolo, obtivo a Declaraçom de Impacto Ambiental apesar de contar com informe desfavorável da Federaçom Ecologista Galega e acumular já várias denuncias. Em concreto, a exploraçom já acumula quatro expedientes sancionadores por vertidos desde o ano 2018. Foi a Confederaçom Hidrográfica Minho-Sil quem já sancionou em três ocasions a mina e recentemente abriu novas diligencias por vertidos com elevadas concentraçons de metais pesados que afetárom a vários regos situados em Rede Natura 2000.

Além de todo o anterior, Ecoloxistas em Acción também denunciava que a nova concessom implicará “a continuaçom de verteduras diretas com altas concentraçons de metais pesados sobre espaços protegidos da Rede Natura 2000″.

Contudo, a Conselheria de Médio Ambiente, Território e Vivenda considera o projeto “ambientalmente viável”. Galicia é umha mina, já o dizia a Xunta numha das suas campanhas promocionais.