Após dous anos de manifestaçons limitadas polas normas sanitárias da pandemia, o Dia das Letras volvia a ser celebrado com normalidade na capital. Mais umha vez, o grande protagonismo correspondeu-lhe a Queremos galego, que chamou a percorrer as ruas compostelanas com um discurso fundamentalmente centrado no recuo da protecçom do idioma por parte da direita espanhola empoleirada na Junta. Além de numerosos colectivos e organizaçons galeguistas, o independentismo e o reintegracionismo estivérom presentes com voz própria.
Baixo umha chuvieira infrequente neste ano de seca, milhares de pessoas, protegidas polos seus guardachuvas, saírom passadas as 12 do meio dia da Alameda, num percurso um bocado mais rápido do habitual, dadas as inclemências meteorológicas. Bandeiras de ‘Queremos galego’, estreleiras, bandeiras da faixa azul, e os novidosos colantes com os brasons comarcais, editados polo Projeto Estreleira, davam luz ao acto num dia grisalho.
Além de numerosos cargos políticos institucionais, entre os que se incluiam responsáveis de partidos espanhóis como Valentim Formoso ou Sánchez Bugallo, do PSOE, especial relevo mediático tivo Marcos Maceira, vozeiro da Plataforma, que centrou o seu discurso em exigir a Alfonso Rueda, conhecido opositor à normalizaçom, ‘que mude a sua atitude’, em referência ao seu papel na manifestaçom de Galicia Bilingue em 2009, boicotada polo independentismo.
Num panorama em geral adverso, caracterizado polo papel do ensino como autêntica ‘maquinária desgaleguizadora’, Maceira quijo celebrar sucessos do movimento normalizador: a chamada ‘Iniciativa Xabarín’, pola que todo parlamento suscreveu aumentar a programaçom infantil em galego, ou a ‘sentença judicial que garante o direito ao uso do galego em todas as administraçons, até mesmo a estatal.’
Presença independentista
No acto, várias das iniciativas independentistas presentes no País levárom a sua faixa própria; com a legenda ‘Por um futuro em galego. Organiza-te e luita’, as Assembleias Abertas Independentistas estivérom presentes, repartindo aliás propaganda de seu que chamava à ‘Resistência’ contra o plano de extermínio do Estado espanhol contra a língua.
Por seu turno, a Mocidade pola Independência vindicou o papel da juventude na normalizaçom, num bloco específico com as palavras de orde ‘Defende a tua língua. Na Galiza em galego’; a organizaçom fijo umha alusom específica à gravidade dos inquéritos que registam umha acusada descida de falantes nas capas mais novas da populaçom, e fijo um chamado a reverter esta realidade.
O Projeto Estreleira escolheu esta data tam assinalada do galeguismo para organizar a sua própria bancada de material, na que se estreavam 21 dos futuros 50 escudos da República galega, representando cada um deles umha bisbarra, segundo estas fôrom fixadas no mapa que elaborou NÓS-UP no ano 2003. A entidade aproveitou também o evento para recordar o Desfile da República galega que decorrerá nas ruas de Ourense no 26 de Junho, e onde se lozirám justamente estes brasons.
Iniciativa reintegracionista
A poucos metros do acto inicial e do encerramento da manifestaçom (na Praça da Quintana), a AGAL lançou a sua original incitiva ‘Fai um match pola língua’. Este consistia num encontro rápido entre quatro sócios ou sócias e nom sócias -o chamado speed dating – num diálogo cronometrado, colocando observaçons e dúvidas, e facilitando a proximidade de pessoas a priori arredadas e esclarecendo- se assim muitos aspectos ignorados do reintegracionismo.
Como nom podia ser de outro jeito, um dos blocos mais visíveis nos últimos tempos nas manifestaçons, as Escolas Semente, fixérom o seu contributo, com reparto de materiais pedagógicos e formativos que servem de reforço para esta cada vez mais ampla iniciativa popular.
Aliás, a Associaçom de Estudos Galegos secundou o acto de Queremos galego, com propaganda de seu, concluindo umha intervençom de várias semanas onde se recordava o habitualmente marginalizado ponto de vista reintegracionista de Delgado Gurriarán, o homenageado neste ano.